O Silver Shadow ancorado em Juneau, bem ao lado de ponto de partida/chegada dos hidroaviões |
Parte do campo de gelo de Juneau vista no sobrevoo em hidroavião |
A cidade é bem pequena e facilmente explorável a pé e por conta própria numa escala de navio. Mas é rodeada, além dos glaciares, por uma quantidade impressionante de verde e montanhas que servem de cenário para diversas trilhas e excursões oferecidas para quem fica mais tempo na cidade (Juneau, assim como Anchorage, tem também seu próprio aeroporto).
Capital do Alasca, Juneau é também (ainda que não pareça) a 3a. maior cidade do estado. Curiosamente, fica no continente americano mas não pode ser alcançada por terra - somente por via marítima ou aérea.
O escritório de turismo da cidade fica no porto; convém dar uma paradinha para, ao menos, pegar um mapinha. A atração mais famosa do centrinho é o Mt. Roberts, um pico que pode ser alcançado por um bondinho e que tem uma bela vista de Juneau. A vista é linda, é claro (embora nada impactante depois do sobrevoo da cidade; fazer a caminhada "alpine loop" é o mais indicado para ter visão panorâmica), mas achei a subida cara (us$36 por 6 minutos de viagem) e tudo americanizado/teatralizado demais, com atores vestidos de índios recepcionando os turistas, animais exóticos, artesanato caro à venda. Aventureiros mais hardcore fazem a descida do Mt. Roberts até a rua principal, lá embaixo.
Juneau tem também, além da vista-desbunde para qualquer lado que você olhe, ótimos museus: Alaska State Museum (para entender sobre os nativos, a colonização e a corrida do ouro), Juneau-Douglas City Museum (com quiosques digitais para contar a história local e exibições sobre mineração e história Tlingit) e o Capitólio do Alasca (que pode ser visitado, inclusive com visitas guiadas gratuitas de maio a setembro. O cemitério principal (Evergreen Cemitery, onde "pioneiros" do Alasca, como Joe Juneau, estão enterrados) e a Casa do Governador (de 1912) também são atrações locais.
Essa estátua, em pleno porto, simboliza um cachorrinho cujo dono morreu mas que continuou a ir diariamente esperar por ele nos barcos que voltavam mesmo após sua morte |
O Red Dog Saloon, também bastante "hollywoodiano", ganha fortunas com as cervejas caras que turistas consomem diariamente ali. Ambiente bastante muvucado, com clima de "piratas do Caribe" - mais negócio ir ao Tracy´s Crab Shack, também frequentado por moradores locais e paraíso para fãs de king crab.
Outro programa legal é encarar (de carro) a rota ao Mendenhall Glacier, parte do campo de gelo de Juneau. Como muitos dos glaciares do Alasca, o Mendenhall está retrocedendo cerca de 30 metros ao ano e é possível ver largos pedaços de gelo flutuando no lago que o separa do centro de visitantes, onde fica o mirante panorâmico.
E, em suas respectivas temporadas, Juneau também é meca para amantes da pesca de salmão (um salmão de cor bastante intensa, muito mais "escura" do que estamos acostumados) e para quem quiser observar baleias.
Ou, se você não quiser, não precisa fazer nada disso. Os arredores do centrinho são tão lindos e encantadores que já dá pra ficar extasiado só de sentar no parque em frente ao pequeno porto onde atracam os navios e observá-los.
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