12 de jul. de 2013

ESTE BLOG MUDOU PARA WWW.MARICAMPOS.COM

Sim, é isso mesmo, pípols! A ausência de posts aqui nos últimos dias tinha uma boa razão: casa nova! \o/ \o/ \o/  \o/ \o/ \o/  \o/ \o/ \o/  \o/ \o/ \o/  \o/ \o/ \o/  \o/ \o/ \o/  \o/ \o/ \o/

O Pelo Mundo cresceu, comprou casa própria :D e agora atende em novo endereço. Passa pra fazer uma visitinha e dar o seu pitaco. Todos são MUITO bem-vindos, como sempre!

Beijo-me-segue :))))))

8 de jul. de 2013

Rapidinhas

Imagem publicada nas redes sociais pelo novo Four Seasons St Petersburg
Notícias curtinhas e pontuais sobre nosso mundinho das viagens nesta segundona preguiçosa (emenda de feriado para muitos leitores de SP) :

- Para quem for a Florença, Itália, nesse verão europeu: o Four Seasons Firenze (falo dele aqui) acaba de lançar, em meio a seus 4.5 hectares de gramados, o Al Fresco, o novo restaurante em estilo pop up (temporário), que ficará aberto somente até setembro próximo. Quem estiver na cidade pode dar sua passadinha por ali para provar, ao ar livre, em pleno verão da Toscana, as delícias típicas da culinária rústica e tradicional das trattorias da região.

- Falando em Four Seasons, a rede acaba de abrir as portas de mais um hotel: o ubber Four Seasons St. Petersburg, na Rússia, inaugurado ontem, já nasce todo celebrado pelas principais publicações de viagem e do mercado de luxo no mundo (e fizeram uma campanha gracinha pre-opening com seu leãozinho mascote nas redes sociais)

- Curte crônicas rapidinhas e o universo da boa gastronomia local e das viagens? O Conexão Paris, que agora virou também editora, acaba de lançar um novo título, o Na Mesa Cabe o Mundo, de Evandro Barreto - publicitário carioca, co-criador do Rock in Rio e um dos “pitaqueiros” mais participativos do Conexão.   Recebi o livrito no final da semana (merci, meninas!) e li em duas horinhas - daquele tipo de livro que deixa viajar sem sair do lugar, com causos e dicas de onde e o quê comer do Rio de Janeiro à Paris. À venda somente pelo site.

- Mulherada que for para a Europa: recebi a dica do Tweety Beauty, um site que vende cosméticos de marcas internacionais (Heliocare, Endocare, Neostrata etc,  com promessa de até 60% de desconto) que diz ter 85% brasileiros em sua clientela.  Alguém já usou? Não usei ainda - que fique bem claro - mas vi que dá pra pedir para entregar direto no hotel no continente europeu, como o pessoal costuma fazer com Amazon, Best Buy e afins nos EUA. Se alguém testou e aprovou, avise aqui, plisss ;)

7 de jul. de 2013

Praias em Curaçao

Todo o azul do mar em Port Marie
Nunca fui uma grande entendedora de praias, confesso logo. Sou uma brasileira meio torta, que gosta infinitamente mais de grandes cidades que paraísos à beira-mar. Mas sempre fui fã da beleza, e de todos os tipos. E sempre gostei, e muito, do mar. Seja navegando, seja mergulhando, fazendo snorkel, caminhando com a água nos joelhos ou vendo ondas quebrarem com força contra pedras e falésias. Adoro um mar piscininha, nem que seja para boiar :D
 Nunca tive grande apego à "cultura de praia", aquela coisa de passar o dia inteiro tostando sob o sol, estirada numa espreguiçadeira ou canga. Mas, como eu disse, tenho paixão pelo mar. Tirei meu vestido em instantes (estava com traje de banho por baixo, obviamente) quando cheguei em Port Marie (ou Porto Mari, em papiamento): eu simplesmente TINHA que entrar naquelas águas.
 Desde minhas andanças tailandesas, isso há mais de seis anos, acho que não tinha me impactado tanto com a cor do mar de uma praia como ali em Port Marie.  Água transparente, limpinha, tomada de peixinhos e corais, temperatura divina. Bem que minha amiga Carla tinha me dito: "mergulhar em Port Marie é como mergulhar em um aquário". E é mesmo.  Aliás, gosto é gosto, we know, mas repito aqui (e faço minhas) outras palavras dela: se você tiver que escolher uma única praia da ilha para conhecer, vá para Port Marie.




 A bem da verdade, eu já tinha ficado impressionada do avião, antes de pousar em Curaçao: dava pra ver uma faixa turquesa acompanhando toda a costa da ilha. E, sim, aquela cor, com ou sem sol refletindo, é mesmo a cor do mar que banha as principais praias de lá.
A praia mais popular - e, portanto, mais muvucada - é a Seaquarium; mas nem por isso a mais bonita. Voltei encantada mesmo pela beleza mezzo selvagem de Cas Abou, Port Marie e Kenepa. "Selvagem" porque suas praias não estão acompanhadas de uma fileira de prédios e hotelões em sua orla; em geral, corta-se caminhos cheios de vegetação nativa para chegar até elas e o que existe ali é um parco serviço de praia, com barzinho, espreguiçadeiras e guarda-sóis. As mais isoladas nem isso têm (como eu contei no post anterior, os resorts de Curaçao construíram sua própria praia artificial para terem ares de "beira-mar").
Até a prainha do hotel, abastecida com água do mar e areia "importada", era um encanto
 Algumas praias de Curaçao são privadas e isso quer dizer que o turista paga para entrar em muitas delas (valores geralmente entre US$2 por pessoa e US$10 por veículo, dependendo do local). Em várias delas, a "entrada" já te dá direito a usar o kit espreguiçadeira+guarda-sol do serviço de praia; outros cobram outros US$2,50 por isso.
 Babei por Kenepa, por todos os ângulos. E foi ali que entrei no meio de um casamento sem querer o.O





 Cas Abao estava mais cheia (até porque já era período da tarde, quando as praias ficam mais lotadas mesmo), mas me encantou do mesmo jeito. Que águas!






Não fui a Curaçao convidada pelo órgão de turismo local, nem sequer tenho qualquer contato ali. Por isso dou aqui uma opinião absolutamente isenta: sabe tudo aquilo que vem na nossa cabeça quando imaginamos "férias no Caribe"? Pois eu acho que Curaçao tem tudo isso. Mesmo. Pra Curaçao eu voltaria fácil, fácil.

6 de jul. de 2013

Curaçao: uma autêntica ilhota caribenha

Fim de tarde em Otra Banda
Depois da estadia em Aruba, a convite do Renaissance Aruba e da Copa Airlines (como contei aqui), fiz uma pausa rapidex de uma noite na Cidade do Panamá e estiquei até Curaçao, outra ilha caribenha e herança holandesa que eu também não conhecia.
Poesia nas ruas do centro colonial em Curaçao
Essa ilhotinha, sim, achei adorável e autêntica. Bem menos americanizada que sua vizinha Aruba (até porque recebe uma quantidade significativa de turistas europeus), Curaçao me encantou, com uma mescla cultural aparentemente tão ampla quanto o próprio papiamento que lemos e ouvimos em toda parte.
As casinhas históricas de Curaçao, pintadas e restauradas anualmente, abrigam de tudo
Curação é a maior ilha do arquipélago das chamadas Antilhas Holandesas. Autônoma, faz parte dos Países Baixos hoje - o holandês é a língua oficial nas escolas e quase 80% dos jovens faz faculdade na Holanda. 
De dominação espanhola antes da holandesa, tem mesmo uma bossa meio latina aqui e ali; e a forte herança africana pela dura escravidão que rolou por ali.  Eles mesmos definem, o tempo todo, seu patrimônio cultural como "europeu e africano". O colorido papiamento (a mistura criola que envolve português, espanhol, francês, inglês e uma larga porção de holandês por ali) é amplamente falado em toda parte - do adorável Bon bini que ouvimos ao entrar em cada novo lugar a expressões tão aparentemente "aportuguesadas" do dia-a-dia, como bon dia, bon tardi, di nada etc.
Dizem, aliás, que seu nome Curaçao teria vindo do ato de curar, quando navegadores portugueses testemunharam na ilha a cura de doentes com escorbuto (valeu, pai! :D)

Na capital Willemstad a gente circula entre Punda, o centrinho onde ficam o casario colonial, o mercado e a zona comercial, e Otrabanda, que hoje tem boa vida noturna, ligados por uma ponte móvel. A maioria dos hotéis fica na Baía de Piscadeira, mais ao norte de Willemstad.

A ponte móvel que liga Punda e Otrabanda
O centro histórico é adorável, com edifícios holaneses cheios de história e muito bem preservados. Tem até a mais antiga sinagoga em funcionamento no continente americano.
Nas antigas salinas da ilha hoje encontramos...
... flamingos! :D
Dizem que em Curaçao faz bom tempo sempre. Vários moradores me falaram que só tomam conhecimento de weather channel e afins quando viajam para outros lugares, já que na ilha chove pouco, e nunca por longos períodos (a estação mais chuvosa - ou menos seca, na verdade, porque ainda chove pouco - acontece de outubro a dezembro).
Um dos símbolos da luta contra a escravidão na ilha...
... e a mais antiga Igreja de Curaçao
Fora da alta temporada - que vai das festas de fim de ano à Páscoa - os preços na ilha costumam ser bem razoáveis, inclusive para aluguel de carro. Aliás, o aluguel de carro é tão comum por ali que há um saguão do aeroporto exclusivo para isso - e é recomendável mesmo, já que as praias mais legais são afastadas da zona hoteleira (embora existam, é claro, empresas de tours e receptivo na ilha). E o aeroporto conta com wifi grátis \o/

Histórias de escravidão, liberdade e influências africanas mil estão pintadas nos muros das ruas...
...e nas paredes do museu
Para conhecer mais sobre as histórias de colonização e escravidão da ilha, vale a visita ao Museu Tula, próximo à praia de Kenepa. A visita é guiada e bastante completa.
A guia Jansen lidera uma visita incrível pelo museu, com direito a muita história e musicalidade
Escravos anotados, literalmente, como mercadoria adquirida, junto com farinha, açúcar e outros
Em termos de belezas naturais, vale seguir a Boka Tabla, uma formação rochosa tipo falésia impressionante, onde as escuras águas do mar arrebentam com extrema força e violência - muito diferentemente das águas calmas e clarinhas das praias do restante da ilha.
Uma fresta nas rochas mostra a força com que as ondas quebram em Boca Tabla

A comida local é boa, e muito boa. Ampla oferta de peixes e frutos do mar, geralmente acompanhados de banana assada (semelhante à nossa banana da terra, mas mais firme) e tutu - mas, vale ressaltar, o tutu da ilha é bem diferente, e bastante adocicado, já que leva canela e açúcar mascavo no preparo (eu adorei).
Comida típica na ilha envolve sempre tutu adocicado e banana assada (esse é do Komedor Krioyo)
Outra visita histórica bacana (mas mais rapidinha que o Museu Tula) é a Kas di Pal´i Maishi (também chamada de Kas di Yerba), que data do metade do século XIX e é conservada como protótipo das habitações comumente construídas pelos descendentes de escravos nos arredores das "plantation houses", com mobiliário da época e simulação do modo de viver do período.

Quem não quiser viajar entre Aruba e Curaçao como eu fiz, via conexão (e pernoite, por causa do horário dos voos) na Cidade do Panamá também pode tomar um dos muitos aviõezinhos que voam várias vezes ao dia entre as duas ilhas. Mas, vale lembrar, esses voos entre as ilhas têm limite de peso razoavelmente inferior (em alguns casos, apenas 12kg por passageiro) ao de quem compra tudo embutido no mesmo ticket com saída do Brasil.
No quesito praia... ah, as praias de Curaçao! As praias são pequenas, e também em número reduzido - e, o melhor de tudo, ainda guardam aquela carinha meio "selvagem" em muitos casos, sem hotelões em sua orla (resorts beira-mar na ilha fizeram sua própria prainha artificial, como o Renaissance Curaçao, onde fiquei hospedada - que eu gostei muito, por sinal). Aquele mar turquesa-Caribe em toda parte, do avião mesmo a gente já vê. Água transparente, limpinha, tomada de peixinhos e corais, temperatura divina. A praia mais popular - e, portanto, mais muvucada - é a Seaquarium; mas nem por isso a mais bonita; me encantei por Cas Abou, Port Marie e Kenepa.
Só que isso já é assunto para o próximo post ;)