Hotel review: Four Seasons Punta Mita, México

A entrada discretinha...

Eu confesso abertamente há anos que tenho um hotel preferido no mundo: o inesquecível Las Ventanas al Paraiso, en Los Cabos, na Baja Califórnia. Pela parte física, pelo serviço, pela experiência em si. Desde que eu me hospedei lá, eu estou sempre, no fundo, "procurando" um pouquinho do Las Ventanas em cada hotel que me hospedo. E, até então, nunca tinha encontrado nada similar.

... e a arquitetura super mexicana

 Pois agora, me hospedando no Four Seasons Punta Mita, em Punta Mita, na costa mexicana do Pacífico, eu finalmente encontrei.

Romântico, romântico, romântico

 A propriedade do hotel é imensa, literalmente rodeada de verde e com uma faixa de mar impressionante. As acomodações estão distribuídas em predinhos estilo villas espalhados pela propriedade, com um monte de obras de arte Botero-style (:-D) nos gramados (impecáveis!) entre elas.

Um dos restaurantes fica assim, bem pé na areia

 O prédio principal concentra lobby, lobby bar e o restaurante fusion, além de uma mini promenade com quatro boutiques caprichadíssimas. E ainda tem um restaurante mexicano ao lado da infinity pool e outro, craque nas grelhas, literalmente com o pé na areia. A gastronomia é caprichadíssima, com um mix de pratos asiáticos e mexicanos maravilhoso - e as melhores margaritas ever! (a mango margarita é simplesmente inesquecível - já tô até copiando em casa :-D).

Cabaninhas na areia

 O serviço de praia é fenomenal, distribuído em duas das prainhas que fazem parte do terreno do hotel: uma mais calminha, estilo calheta, e outra com mar mais bravinho. Nas duas, espreguiçadeiras, mini cabaninhas estilo bali e um serviço di-vi-no que conta com camareiros passando toda hora oferecendo complimentary água mineral, toalhinhas geladas, spray de água termal e mimos como mini mojitos, mini margaritas, picolés de frutas e até mini frapuccinos à tarde <3 <3 <3

Muuuuuito verde

 Para as crianças, o Kids Club é fantástico, full day, e cheinho de atividades.

Cozinha caprichadaça

 Além da parte aquática principal, com a infinity pool e a infantil, tem também uma piscina mais afastada, só para adultos, que é sossego absoluto. Ali, além das espreguiçadeiras comuns, há cabanas exclusivíssimas que podem ser alugadas para quem quiser total privacidade - e incluem frigobar completo e um monte de mimos, como o empréstimo de ipod e ipad pra quem não estiver com o seu ali (casais em lua de mel adoram!).

Cabaninhas privativas na piscina só para adultos

E aqui a cabaninha em close

 Os quartos são bem, bem grandes, com adoráveis varandas voltadas para a propriedade (na maioria dos casos, ao mar). Sempre com saletinha e um big banheiro.

 Camareiras super delicadas e atenciosas.

Bonequinha mexicana para colocar embaixo do travesseiro e ter bons sonhos <3 <3 <3 

 E ainda tem o spa, imenso, com uma academia de fazer inveja às Fórmulas da vida e um menu de tratamentos super original - a signature massage deles, batizada de Punta Mita, é feita com óleos e tequila de verdade para estimular a circulação, sabiam?

  Diariamente, ainda rola uma programação incluída com caminhadas, hidroginástica, workshops (sobre coisas locais, como a origem do xocolat dos maias), pescaria, caiaque, snorkel etc, além de outras atividades pagas à parte, como cavalgadas e mergulho. E o sol ainda se põe diariamente com um escândalo de beleza literalmente em frente ao hotel.

As louças do café da manhã pelas quais todo mundo se apaixona são made in Mexico

Zero crítica. E olha que vcs sabem que eu sou cri-cri. Bom, pra não dizer zero-zerinho, acho que faz uma baita falta uma rede nas varandas :-))))))

A inesquecível mango margarita

Sorry pelo chavão, mas só posso dizer que o hotel é fenomenal. Junto com o Las Ventanas, minha melhor experiência de hospedagem ever. E já adianto pra vcs: simplesmente PERFEITO para uma escapada romântica, viu? Já coloquei na listinha de anniversary do meu irmão e da minha cunhada, por exemplo ;-)
Hotelaço!

Punta Mita: a nova cara do México no Pacífico

 A costa caribenha do México sempre foi a queridinha dos brasileiros ao programar viagens "de praia" por lá: Cancun e Playa, por exemplo, continuam no topo dos destinos desde a década de 90. Entretanto, americanos e europeus também frequentam, e já há algum tempo, a costa mexicana do Oceano Pacífico.

 Quando eu visitei o México há alguns anos, chegando ao país pela primeira vez, minha parada inicial foi justamente em Los Cabos que, então, era o grande hot spot hypadinho do país. Los Cabos continua em alta, é claro, com hotelaços simplesmente irrepreensíveis na região. Mas nos últimos anos um outro destino da costa do Pacífico começou a ganhar os holofotes mundo afora como um cantinho ainda pouco explorado, com jeitinho mais "exclusivo": Punta Mita.

 Colada à já decadente Puerto Vallarta - decadente porque, assim como Acapulco, viveu seus dias de glória no turismo nacional há algum tempo mas depois caiu muitíssimo na preferência dos viajantes - Punta Mita tem se consolidado com um recanto queridinho do turismo de luxo no país. E, por isso mesmo, acabou virando um baita destino para lua-de-mel que, enfim, os brasileiros também começam a descobrir.

 São 40 minutinhos de carro desde o aeroporto de Puerto Vallarta até a entrada de Punta Mita; fica na ponta norte da Baía de Banderas, no pedaço do litoral mexicano que é chamado de Riviera Nayarit.

 Originalmente chamada de Punta de Mita, acabou ficando internacionalmente conhecida sem a preposição depois que big grupos de investidores se instalaram ali para explorar a região com dois condomínios de villas, hotéis e imensos campos de golfe. Mas exceto pelos restaurantes dos hotéis e um ou outro estabelecimento bem pé na areia, não rola agito, não. Nem vida noturna não tem. Sossego absoluto (não à toa, celebrities e políticos são figurinhas fáceis por lá).

 A grande pedida ali são curtir o relax da praia e aproveitar os esportes aquáticos: apesar de "curtinha", tem a costa bem recortada e "praias" bem divididas entre mar cheio de ondas (tem um point impressionante de surfistas profissionais numa das extremidades), mar piscininha pelos recifes de corais (bom para mergulho, snorkel e caiaque) e uma parte toda queridinha dos pescadores esportivos - e de dezembro a abril ainda vira palco de observação de baleias.

 E bem, bem do ladinho mesmo - coisa de 15 minutinhos de carro - fica o fofíssimo pueblo de Sayulita, que ainda tem meio o jeitinho de vila de surfistas e hippies que acabou fazendo a fama do lugar nos anos 70. Restaurantes simples, cafés e lojinhas de artesanato bem local, num clima muito, muuuito dolce vita, que vem encantando os europeus há um tempão.

Mas o que vem mesmo à minha cabeça quando eu penso agora em Punta Mita, recém-chegada de lá? O por-do-sol. Todo dia. Daquele tipo que todo mundo para o que estiver fazendo - literalmente - para ver o sol ficando vermelho, vermelho, ao ser engolido pelo mar enquanto o céu se enche de tons de rosa, laranja, lilás, violeta... uma lindeza.

Cancun: para quando você for

Diquinhas geraizonas para quem estiver armando uma viagem para lá:

- não é preciso alugar carro, não;  os tours por Cancun e seus arredores são abundantes e vendidos em qualquer hotel.  Quem quiser fazer tudo de forma independente também se dá bem rapidinho: táxis estão disponíveis em todo canto e, no terminal de ônibus do centro, há saídas diárias para locais Playa del Carmen, Tulum, Chichén Itzá etc. E os ônibus de linha percorrem toda a zona hoteleira por cerca de 1 dólar
- do aeroporto ao hotel: os táxis cobram cerca de US$50 a corrida e as vans estilo shuttle cobram desde US$10 por pessoa.
- Para comer: Mercado 28, para comida popular no centrão; Calenda Oaxaca para ótima comida mexicana;  La Habichuela Sunset para um jantar descompromissado; e Fantino para um jantar especialíssimo.
- Para curtir a noite no Cancun Style:  Coco Bongo, Dady O, Bulldog Cafe, Señor Frog’s, Carlos’n’Charlie’s e Margueritaville
- Quando ir: melhor evitar setembro e outubro,  pela probabilidade de furacões e maior quantidade de chuvas, assim como ezembro, janeiro e Semana Santa, que são as épocas mais lotadas.

Cancun: os passeios mais legais

Um resumo-resumidíssimo dos passeios mais legais para fazer numa viagem a Cancun.

Esses dá pra fazer por conta própria, tomando um táxi na porta do seu hotel ou mesmo utilizando os ônibus que cruzam o Boulevard:
- Playa Delfines (Boulevard Kukulkan km 18) , com direito à belíssima vista de Cancún de seu mirante (US$ 3)
- Playa Tortugas (Boulevard Kukulcán, km 6,5) – pra quem curte mar piscininha
- Playa Yamil Lu’um (Boulevard Kukulcán, km 12,5), com direito a ruínas maias

Para fazer em tours ou por conta própria:
- Isla Mujeres, simplesmente imperdível. O ferry (US$ 15 ida e volta) sai todos os dias de Playa Tortuga e o trajeto dura 20 minutos
- Playa del Carmen, para um dia de relax nas prainhas descoladas e um footing pelo centrinho
- Cozumel: tomando o ferry que sai de Playa, belíssimo local para mergulho e snorkel
- Chichén Itzá: para mim, as ruínas mais legais e impressionantes de toda a riviera (US$ 9,50)
- Tulum: ruínas divinas e uma praia adorável, de mar azul turquesíssimo (US$ 4)
- Museo Subacuatico de Arte musacancun.com , tanto para quem curte mergulho quanto snorkel, visitar as esculturas submersas de Jason Taylor é programão
- Pra quem curte parques: além de Xel Ha, sobre o qual eu contei aqui no sábado, tem também Xcaret, mais ou menos nos mesmos moldes mas com mais fauna para observação,  e Xplor, pra quem curte ecoturismo e turismo de aventura. E rolam promos de tickets comprados conjuntamente para os 3 parques.

Xel Ha: o passeio mais comprado pelos brasileiros em Cancun

 Xel Ha é a atração dos arredores de Cancun mais visitada pelos brasileiros. Então embarquei num tour Tulum+Xel Ha (como contei aqui), também o mais procurado pelos brazucas por lá. O tour, da Xcaret Experiencias (Xcaret, Xel Ha, Xplor são todos do mesmo grupo), vale desde US$129 por pessoa - há descontos para quem compra dois ou mais tours e os tours dessa e de outras operadoras podem sempre ser comprados nas recepções dos hotéis em Cancun, com saídas diárias.

Depois de vermos as maravilhas do complexo ruínas+ceuzão azul+solão+mar turquesa de Tulum durante a manhã, rumamos na hora do almoço para Xel Ha (que, btw, geograficamente, fica "antes" para quem vai de Cancun a Tulum; a gente passa bem em frente ao parque antes de chegar nas ruínas).

O parque é muitíssimo bem organizado, com placas bilíngues em todo lugar. Também me chamou a atenção a limpeza do parque como um todo, dos banheiros com altíssima rotatividade aos caminhos e áreas comuns - dou a mão à palmatória.

Nadar com golfinhos: te apetece?

 O grande apelo do parque é ser um dos maiores aquários ao ar livre do mundo. Por isso acaba todo mundo se munindo dos apetrechos para snorkel (incluídos) e passando boa parte do dia debaixo d´agua, com fartíssima observação de corais, peixes etc.

O "redário": vazio pela manhã, lotadíssimo no final da tarde

Das atividades incluídas, além do snorkel, tem também tirolesa, flutuação no rio em bóias, "caminhada" sobre cordas e diversas outras. A área do parque é grande e a parte reservada para crianças também é bem bacana, com brinquedos de cordas nas copas das árvores e parquinho.

Wifi grátis em vários pontos do parque, sempre sinalizado com essa plaquinha

 Mas há programas vendidos à parte também, como o disputadíssimo nado com golfinhos e os snubas e mergulhos com escafandro.

Bora passear de barquinho?

 O uso do colete salva-vidas é obrigatório dentro d´agua em qualquer lugar do parque, mesmo que você queira "dar só uma molhadinha" - se não quiser vestir, só pode ficar do lado de fora.

Sinalizações bem feitinhas, para ninguém se perder no monte de caminitos do parque

 Espaço para quem quer tomar um solzinho não falta, com várias "prainhas" tomadas por espreguiçadeiras espalhadas pelo parque e dois redários maravilhosos.

O ponto alto do parque: o snorkel descomplicado e de farta observação

Snuba: mini tubos de oxigênio numa caminhada debaixo d´agua

Corais e peixinhos coloridíssimos em todo canto

 Mas talvez o que os brasileiros mais curtam em Xel Ha seja o sistema all inclusive: ali, tudo que você consumir em alimentos e bebidas - de refris a margaritas e outros coquetéis, de batatinha frita ao almoço completo - está incluído no preço de entrada.

Quatro restaurantes, vários bares e uma promenade com lojinhas estão entre as atrações

 São quatro opções diferentes de restaurantes, de cozinha mexicana a fast food, além de vários bares espalhados pelo complexo - vale lembrar que no México as propinas (gorjetas) nos bares são mais que bem-vindas. O serviço nos bares é bem apressado dado o movimento ininterrupto - mais ou menos como nos hotéis all-inclusive em Cancun - mas nos restaurantes é bem mais cálido e atencioso do que eu esperaria.

A comida é sempre em estilo bufêzão, mas é bem decente

Além do restaurante de comidas mexicanas, tem culinária internacional, parilla e lanches

Refris, cerveja e água também são distribuídos em postinhos self-service

 Como eu comentei no twitter no dia que fiz o passeio, e já tendo passado por outros parques da região em viagens anteriores, como o Xcaret, eu continuo não entendo muito essa coisa de se enfiar em parques com tanto mar, areia e ruínas interessantes em Cancun e por toda a Rivieira Maya. Pessoalmente, não trocaria um dia de praia em Tulum por um dia no parque de jeito nenhum; como comentei na época, parque divertido para mim é Torres del Paine :-))))

Relax em bóias pelo rio: o fecho perfeito no fim da tarde

Mas para quem curte parques aquáticos, e sobretudo para quem viaja com crianças e quer colocar uma novidade bem "entretenida", como diriam os mexicanos, no cardápio da semana em Cancun, a ideia é  válida e interessante.
Outras informações gerais sobre o parque podem ser lidas aqui.

Agora em DF

 Deixei Punta Mita com dor no coração. Sério. Sabe quando a gente é muito feliz num lugar? Então. Lá foi assim. Enfim, encontrei ali um hotel à altura do Las Ventanas al Paraiso, que sempre foi meu hotel predileto no mundo; uma experiência em hospedagem impressionante, inesquecível, que vai tomar espaço aqui no blog em breve, é claro.

 Além de tudo, trata-se de um cantinho ultra exclusivo, ainda pouco explorado, do litoral mexicano. Tem ruínas, pueblitos, praias calminhas, praias bravíssimas para surfistas e até a muvuca de Puerto Vallarta ali perto, caso alguém se interesse. E ali eu vi o sol se por diariamente numa cor laranja-avermelhado (ou seria vermelho-alaranjado???) impressionante, tingindo o céu de zilhões de tonalidades rosadas. Uma lindeza.

E agora estou de volta à Cidade do México, minha querida DF, tão caótica e tão acolhedora, fascinante. Fotinhos estão rolando soltas de novo no Instagram, tá?
Besitos procêis.

Em Punta Mita

 Punta Mita é um pedacinho de paraíso mexicano que pouca gente descobriu. Fica bem pertinho de Puerto Vallarta (uns 50 minutos do aeroporto), mas toda reservada, arborizada, escondidinha, com prainhas que vão de calhetas desertas a pontas cheias de ondas gigantes que fazem a alegria dos surfistas. Divina, maravilhosa.

 Não, não acabou Cancun aqui no blog, de jeito nenhum! Tem muita coisa pra contar aqui no Pelo Mundo sobre os dias lá. Mas as fotinhos e comments no twitter e no Facebook nesses próximos dias serão daqui - só para efeito de geolocalização, como diria o Ricardo Freire ;-)

besitos y hasta prontito ;-)