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16 de fev. de 2012

Plantation House: a casa do governo em Santa Helena

 Quando eu desembarquei em Santa Helena, eu comprei um tour para conhecer toda a ilha. Afinal, a ilha é composta de várias vilas e cidades e só Jamestown dá pra gente conhecer a pé; o resto da ilha é ultra montanhoso e as distâncias são muito longas para caminhar.
A fachada da Plantation House vista dos Gardens
 A maior parte dos visitantes só chega até os Plantation House Gardens e não à casa em si. É no jardim que estão as gigantes tartarugas que vivem na ilha, incluindo Jonathan, a maior delas, considerado o mais antigo habitante vivo da ilha (estima-se que ele tenha mais de 200 anos).
Um dos cantinhos da biblioteca
 Uma das coisas que me fez escolher o meu tour especificamente, embora mais caro, foi que ele incluía uma visita pelo interior da Plantation House, que é a residência oficial e sede do governo de Santa Helena. Veja bem:  eu pisei em Santa Helena ultra emocionada de estar ali, mas é o tipo de destino que a gente tem um feeling que não deve retornar no futuro. Então melhor ver tudo que pode de uma vez, certo? ;-P
A cadeira vira escadinha para alcançar os livros no alto
 Só 15 pessoas, divididas em dois grupos, são admitidas no interior da casa quando eles abrem para visitantes. O que é ótimo, porque o grupo fica bem pequenininho - o meu tinha 8 pessoas no total - e todo mundo se locomove junto, sem tropeços, pela casa, e ouve bem as explicações.





 Como Santa Helena é uma ilha britânica, o governante da ilha é o representante local da Rainha Elizabeth II (hoje ela é representada por Mr. Mark Capes). A casa, construída em 1792, é a residência oficial do governador desde então e também a sede oficial do governo - aka "local de despachos" :-D
O tema das navegações é recorrente no mobiliário e nos objetos
Brasão até na prataria
Mobiliário colonial
 A casa não é museu, não; dá pra ver em cada cômodo apresentado (só pudemos conhecer o andar de baixo, social; o de cima, com os quartos, nos foi vetado, claro) que as coisas e móveis estão sendo usados de verdade. Mas renderia, sim, um bom museu, a julgar pelo acervo da bibilioteca e pelas divinas obras de arte, incluindo quadros e uma escultura que têm Napoleão como tema.
O ressabiado Jonathan
Não foi imperdível a visita, não; mas curti.

15 de fev. de 2012

Longwood House: a casa de Napoleão em Santa Helena

O anúncio logo na entrada
 Napoleão Bonaparte viveu exilado na ilhota de Santa Helena, bem longe de casa, por quase seis anos, de 1815 a 1821. Exceto pelos meses iniciais na prisão Briars Pavillion, foi em Longwood House que ele viveu seus últimos anos de vida e faleceu.
A casa despretensiosa e aparentemente pequena (só aparentemente)
 Então lá fui eu visitar sua casa como uma das muitas coisas que – felizmente – consegui fazer na ilha durante a curta escala do Silver Whisper por ali.
Bandeira francesa hasteada
 A casa fica na região hoje batizada também de Longwood, uma área bem tranquila e quietinha da ilha, com apenas 3 ou 4 casas nas redondezas. A propriedade, bem discreta para os padrões da época  mas beeeeem confortável para um exilado, é composta de uma casa principal, duas menorzinhas e rodeada por um jardim ultra florido e bem cuidado.
O globo de Napoleão, onde ele fazia seu próprio joguinho de War 
 O imperador francês viveu ali com um bando de oficiais, generais e empregados em geral e a casa hoje funciona como um museu com parte de sua mobília, pertences, objetos, livros etc – vale lembrar que muitas de suas coisas foram levadas para a França depois que seu corpo foi trasladado pra lá (porque sim, o sepultamento original foi em Santa Helena e a antiga tumba de Napoleão continua lá para o turista que quiser ver ou tirar uma fotinha – eu, particularmente, achei absolutamente descartável o local).
O piano machucadinho

Vários dos objetos estão expostos assim, em galeriazinhas de vidro

Montes de cartas e manuscritos do próprio Napoleão fazem parte do acervo
O chapéu, claro!
 Cada cômodo tenta reproduzir como era sua disposição na época napoleônica – salas, salões, quarto, banheiros, cozinha etc. Estão ali sua cama, vários manuscritos, cartas, algumas roupas, seu piano, vários quadros e esculturas e, claro, até um exemplar de seu famoso e inconfundível chapéu.
O livreto do funeral

O jardim que cirunda a casa

A cama napoleônica
 Medalhas, moedas e até o folder de seu funeral têm seu espaço.  Além da casa principal, do próprio dito cujo, há também a ala dos empregados e uma casa para os generais e oficiais que o acompanharam durante todo seu exílio.
A mesa principal, que deve ter testemunhado muitas conversas  reveladoras

Um barquinho que foi presente
 O passeio é gostoso, tranquilo, cada um no seu ritmo, com moradores-monitores à disposição em vários dos cômodos para explicar o que é isso ou aquilo. E pode fotografar normal, desde que não se utilize o flash.
O quintalzinho interno

A ala dos generais e o tampo original da sepultura de Napoleão
Dizem os especialistas que trata-se do mais icônico e fiel museu dedicado a Napoleão do mundo, pelo próprio acervo que conserva. Eu curti. E muito.
Visitaça.

29 de jan. de 2012

Santa Helena: I´ve been there (yeay!)

Olha ela aparecendo no nosso horizonte bem cedinho

 Já contei pra vocês que uma das três principais razões de eu ter escolhido essa travessia Brasil-África do Silver Whisper foi justamente a oportunidade de, enfim, pisar na remota Saint Helena.
 Essa ilhota britânica, "perdida" no meio do Atlântico, despertou amores de Darwin, foi exílio de Napoleão e passou por vários domínios diferentes, desde os primeiros portugueses que ali pisaram em 1502 (quando ainda era desabitada) até os ingleses, que a "dominam" até hoje.
 E eu, hoje, enfim, tive o grande prazer de colocar meus pezitos felizes da vida nela. Pequena e muito, muito montanhosa, é cercada de uma água tão esmeralda que chega a impressionar.  Fui logo cedo pra varanda para poder ver a chegada e vi um monte de outros passageiros fazendo exatamente a mesma coisa. Para muitos, que estão nesse trecho simplesmente como parte do World Cruise ou também da rota Fort Lauderdale-Cingapura (a grande maioria), era só uma ilha curiosa para conhecer. Para outros que, como eu, escolheram JUSTAMENTE  a rota Rio-Cape Town (somos até que vários, sabiam?), hoje era tipo um dia "once in a lifetime".


 Da casa de Napoleão à sede do governo atual, passando pelo mais antigo habitante vivo da ilha - Johnatan, uma tartaruga imensa de quase 200 anos - e por uma ladeira impressionante de exatos 699 degraus, tratei de ver muito no pouco tempo que tivemos na ilha - infelizmente, nosso schedule sofreu umas alterações por causa da própria rota e precisamos deixar a ilha bem antes do programado (e eu só ficava pensando no Desmond dizendo "brotha, we have to go back to the island" :-DDDDDDDDD)
 Tem muita coisa pra contar, montes de curiosidades super bacanas dessa ilha tão tão tão remota - fica prum post bem bonitão na volta. Mas já adianto que tô levando pra ilha umas moedinhas das Saint Helena´s Pounds e que, claaaaaro, fiz questão de mandar cartão postal de lá - um dos mais remotos correios do mundo.

 Foi lindo, gente. Emocionante mesmo.
O navio parecendo só um barquinho visto do alto da ilha <3

(ah! pra quem também sonha em chegar a Santa Helena mas não tá afins de cruzeirar até lá, vale saber que a construção do aeroporto acaba de ser aprovada na ilha e o dito cujo deve estar concluído em cinco anos)