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19 de abr. de 2013

Hotel review: Royal Malewane, Great Kruger, África do Sul

Os fofos do staff sempre à nossa espera no retorno dos safáris
 Publiquei ontem um postzinho com dicas gerais para quem pretende visitar o Kruger Park - o que, obviamente, eu recomendo muito, muito, muito, depois de duas experiências absolutamente inesquecíveis por ali.
Nessa última visita, voando ao continente africano a convite da SAA e com apoio logístico providencial da ótima Journey Beyond (que se encarregou, entre outras cositas maravilhosas, de fazer as reservas do táxi aéreo da Federal Air para o Kruger), fiquei hospedada no excelente Royal Malewane, do grupo Royal Portfolio de hotéis.
A mesa posta para o almoço...
... o quarto modernex, sem abrir mão da vibe "out of Africa"...
... e o banheiro show de bola
 O Royal Malewane., que fica, na verdade, na área externa aos limites do Kurger Park, chamada de Great Kruger, entrou na wish list viajante de muita gente após ter aparecido em publicações mil como o queridinho para safáris de um monte de celebridades, de Oprah Winfrey a Elton John (que costumam, por sinal, fechar o hotel todinho para suas famílias e convidados quando vão o.O).
Sou só elogios ao hotel depois de me hospedar por lá. Eu já tinha tido uma experiência maravilhosa em 2010 ao me hospedar, em férias, no ótimo Sabi Sabi. Mas o Royal Malewane conseguiu superar todas as minhas expectativas.
O hotel tem uma vibe mais relax, tranquila, bem boa para quem está mesmo em férias num dos lugares mais excitantes do planeta (na minha opinião). Para começar, o primeiro safári não começa entre 4h30 e 5h obrigatoriamente como na maioria dos lodges; dependendo da época do ano, pode começar até entre 7 e 7h30, o que garante uma noite de sono mais tranquila e descansada e um bom papo regado a vinho sul-africano na noite anterior com os outros hóspedes. Os horários das refeições também são menos britânicos, com opções de menu bem variadas até para os paladares mais restritos.

A piscina, bem no meio do spa...
... funcionários mostrando seus talentos artísticos durante o jantar Boma...
... e impalas fofissimos sempre no nosso caminho
 O rigor na locomoção existe, é claro - você não pode se mover por longas distâncias (por exemplo, de uma das villas ao spa) sem acompanhamento de alguém do staff, por questões óbvias de segurança; afinal, não há muros ou cercas e os animais podem circular livremente por lá. Por outro lado, os diferentes ambientes do lodge são mais próximos uns dos outros, geralmente ligados por passarelas de madeira, e a gente é livre para percorrê-los caminhando entre kudus, impalas e outras fofurices do reino animal.
As acomodações são puro charme: dos quartos standard no prédio principal do lodge às  encantadoras vilas (que acomodam até 12 pessoas), um festival de cores, obras de arte e artesanato tipicamente sul-africano estão por toda parte, com máximo conforto. Espaço e infra-estrutura em cada um deles perfeitinho para qualquer viajante que esteja ali, de casais em lua-de-mel à famílias com crianças pequenas.


Eu acho que vi um gatinho :D
O carro parado no meio do nada, com mesinha posta e tudo, para o "sundowner cocktail" no final do dia
 Os safáris são a grande cereja do bolo, é claro, acontecendo todo dia pela manhã, antes do café, e ao finalzinho da tarde, com duração média de 2h30 cada. Os animais ali ao lado do carro  todas as vezes, uma delícia. O trekker e o ranger foram mega didáticos e pacientes, dando montes de informações sobre os hábitos e características de cada animal ou ave avistandos o tempo todo (providenciais binóculos no carro para vermos com nitidez as aves ou animais que não se aproximam muito dos veículos, como os ariscos leopardos).

Foto péssima, mas se liga no elefante bem ao lado do carro
A mesa posta para o café da manhã no lodge principal
Hammam à disposição dos hóspedes gratuitamente
 Serviço mega personalizado (dá pra pedir um chazinho no quarto no meio da noite, que tal?, e o staff está sempre te esperando com toalhinhas frescas e um suquinho ou bebidinha quando voltar dos safáris), refeições caprichadíssimas (incluindo a adorável noite ao ar livre, Boma, no meio da savana, jantando à luz de velas e fogueiras, com aquele friozinho na barriga por saber estar rodeado de animais por todo canto) e um spa divino mezzo ao ar livre (fiz uma massagem relaxante express, de meros 30 minutos, que está entre as melhores da minha vida).
Ranger e trekker mais queridos - e mega pacientes!
Como todo lodge de luxo na África do Sul, não sai barato; mas definitivamente vale o quanto pesa. Saímos de lá todos planejando voltar com família e amigos. Inesquecível.

18 de abr. de 2013

África do Sul: para quando você for ao Kruger Park


 Nesse post publicado semana passada no Saia pelo Mundo, eu contei como o Kruger Park virou um grande caso de amor na minha vida, desde a primeira visita, há pouco mais de 3 anos; um lugar capaz de fazer uma pessoa medrosona de animais em geral - eu! - ficar abobada/encantada/enfeitiçada ao ver o carro do safári diariamente rodeado por leões, elefantes e outros animais.

Quem vai? Acho o Kruger Park - sejam as reservas localizadas propriamente dentro do parque (como o Sabi Sabi, onde me hospedei da vez anterior) ou as localizadas no chamado Great Kruger, fora dos limites originais do parque (como a excelente Royal Malewane onde me hospedei agora) - um destino sensacional para qualquer tipo de viagem ou turista. Crianças, jovens, adultos, terceira idade, solo travelers, casais em lua de mel, grupos de amigos , famílias inteiras - é o tipo de programa que, excetuando-se casais com bebês, não tem contra indicação para ninguém.

Um senão? É que ficar hospedado no Kruger, via de regra, custa caro. Antes de mais nada, é preciso ficar de olho no hotel escolhido, porque o custoXbenefício pode variar muito de um lugar a outro: há hotéis que só incluem cama e café nos valores propagandeados (e, nesses casos, cada game drive costuma custar uma pequena fortuna) e outros que incluem tudo (cama, café, pensão completa, dois safáris por dia, bebidas etc).
A emoção de ver os animais ali, lado a lado
 Chegando lá: apesar dos voos da SAA de São Paulo a Joanesburgo serem diretos e geralmente ficarem abaixo dos mil dólares por pessoa, é preciso comprar a extensão ao parque. Existem três maneiras de chegar lá: direto de carro (alugado ou motorista contratado), do aeroporto de Joburg, numa longa road trip; voando com a própria SAA até Hoedspruit e, desse aeroporto, seguir de carro por aproximadamente 2h30 até o Kruger; ou encarar os preços da Federal Air (em média, 500 euros por pessoa - paguei 550 euros pelo meu em 2010) e voar diretamente do aeroporto de Joanesburgo à pista de pouso mais próxima do seu hotel, num táxi aéreo de pouco mais de 1h de duração.

Quando ir? Dá pra encarar o Kruger o ano inteirinho. Mas vale saber que de janeiro a março é comum chover todo dia.
"Seguindo" uma família de leões

Quanto tempo ficar? Depende muito do bolso e do gosto. Se eu tivesse grana, passaria ali uma semana :D  Mas, como é um destino mais caro e os hotéis tudo incluído operam com pelo menos duas saídas diárias (um safári ao amanhecer e outro ao entardecer), acho que duas noites são redondinhas, com quatro safáris e tempo para usar o hotel (boa parte dos hóspedes fica 3 noites, vale saber).

Como é a rotina? Geralmente, há uma saída de safári logo pela manhã e outra no final da tarde, cada uma com duração entre 2h30 e 3h. No meio do dia, pode haver um walking safári ou alguma outra atividade proposta pelo hotel, mas a maioria dos hóspedes aproveitar para descansar (afinal, o primeiro safári pode sair 5h da manhã) e aproveitar as instalações do hotel, da piscina ao spa. Nos lodges, é comum os animais zanzarem por entre a propriedade sem nem se dar conta da presença humana ali, Nos hotéis de luxo, a gastronomia típica costuma ser bem, bem, bem caprichada. Quase todos os hotéis incluem um jantar típico ao ar livre, no meio da savana, nos pacotes. 

16 de abr. de 2013

Hotel review: La Residence, Franschhoek

Cada quarto tem um motivo, uma cor predominante e um estilo diferente na decoração
 Nessa última viagem à África do Sul em março último, voando ao país a convite da South African Airways e rodando pela Cidade do Cabo e winelands sul-africanas com a Journey Beyond, acabei tendo uma das melhores experiências de hotelaria dos últimos tempos na pequena Franschhoek, que segue sendo minha cidadezinha preferida ali na região.
 O La Residence é um hotel de luxo que soube manter com esmero o ambiente low profile que é tendência no mercado hoje. Os quartos tem decoração impactante e os banheiros, divinos, são um capítulo à parte; são suntuosos mas não chegam a ser exagerados. É tudo na medida ali, assim como a discrição do staff super cálido e atencioso o tempo todo - o gerente Edward cobre de atenções pessoalmente os hóspedes e o "mordomo" da propriedade é um verdadeiro personagem, inesquecível.

 Candelabros indianos pendurados no teto, espelhos mil e uma quantidade impressionante de obras de arte nacionais e tapetes persas, além de várias peças e objetos coletados em antiquários na decoração, estão por toda parte.
A simpatia do chef no preparo...
... se reflete na delícia do prato no jantar
 Ocupando uma propriedade de 30 acres, produz seus próprios vinhos, oriundos das belas vinícolas que rodeiam o casarão principal e as duas villas, protegidos pela cadeia montanhosa da região. Orquídeas também estão espalhadas por toda parte, inclusive à margem dos vinhedos. As vistas de todos os quartos são incríveis, sempre para esse cenário orquídeas+vinhedos+montanhas. E a propriedade era um sossego só, dia e noite, mesmo tendo como hóspedes vários casais e alguns grupos de amigos.

 Nos quartos, até o frigobar está incluído - mesmo as diárias mais simples incluem café da manhã, frigobar, café, chá, bebidas alcoólicas, wifi, lavanderia completa ilimitada (o que foi um bálsamo pra mim depois de mais de dez dias de viagem :D) e transfers para o centrinho de Franschhoek (e também para os restaurantes estrelados da cidade), o que justifica seu custo. Há também opção de pensão completa, dando direito a, além de tudo isso, almoço e jantar gourmets.

  O café da manhã estilo buffett em quatro estações diferentes é perfeito, ainda mais se tomado nas mesinhas do jardim, disfrutando da vista. E a cozinha - e o chef - ficam super acessíveis para visitas e perguntinhas durante o almoço e o jantar.


 Nos ambientes comuns, inifinty pool e várias espreguiçadeiras com vista para os vinhedos fazem sucesso; há uma rota deliciosa de corrida pela propriedade e bicicletas são emprestadas sem custo durante todo o dia para os hóspedes - bela pedida para percorrer as vinícolas da região, a propósito.  Biblioteca e spa também estão no menu de atividades.

Romântico que só ele!

14 de abr. de 2013

Wine safari em Stellenbosch

O carro que leva os turistas pelo wine safari estacionado em frente à entrada da propriedade
 África do Sul me lembra, antes de qualquer coisa, safáris e vinhos. E a ordem dos fatores na lembrança não altera o produto :D  Foi por isso mesmo que achei muito acertada a ideia da Waterford State de oferecer a quem a visita a possibilidade de fazer, além dos tours/degustações tradicionais, um "wine safari".
Espumante com simpatia para abrir os trabalhos
 A atividade é bem bolada: a gente anda por toda a propriedade numa Land Rover tipicamente usada nos game drives sul-africanos, abertinha igual e da mesma cor. Mas o pulo do gato é que a gente não somente percorre grande parte da propriedade de 120 hectares, rodando por estradinhas de terra entre os vinhedos por mais de duas horas, como, ao longo do trajeto, fazemos paradinhas estratégicas cheias de charme para degustar os três vinhos propostos para a atividade.
Depois de visitar a parte de produção e armazenamento dos vinhos...
... passamos ao safári propriamente dito
 As degustações acontecem em charmosas mesas de madeira para picnic, devidamente guarnecidas de toalha, taças e petiscos (salames, queijos, castanhas etc), à sombra de alguma grande árvore.  Quem guiou nosso passeio, numa tarde linda e ensolarada de março, vejam só, foi o próprio Kevin Arnold, o super winemaker que é um dos sócios da Waterford - devidamente acompanhado de seu cão, é claro. A Waterford, que fica aos pés da montanha Helderberg, em Stellenbosch, optou por utilizar apenas metade de seu território para plantar vinhedos a fim de preservar a flora e a fauna naturais da região de Blaauwklippen, o que deixa a paisagem ao longo do passeio ainda mais bonita.

  A vinícola é relativamente nova, fundada em 1998, quando a família Ord comprou aquela que havia sido a primeira vinícola (Stellenrust Farm) de Stellenbosch. Chamaram, então, o casal Arnold para criar os produtos que oferecem hoje.

A mesa da primeira paradinha sendo preparada...
... e o winemaker (e gato) Kevin Arnold em ação em frente...
... e verso - se liga na camiseta do cara!
 Os tours regulares acontecem diariamente em vários horários mas os wine safaris podem ser feitos por um máximo de 10 pessoas e necessariamente reservados com antecedência. O valor não é barato (são 500 rands, quase 50 euros por pessoa), mas vale o investimento por ser passeio para uma tarde inteirinha e oferecer vinhos premium para degustação.

Nosso fiel companheiro de jornada pela vinícola ;)

Para entender bem sobre o terroir
 Acha too much? Então fique, ao menos, com a degustação de vinhos harmonizada com chocolates, que também ficou famosa por lá. São 3 vinhos e 3 tipos de chocolates diferentes para serem saboreados sem pressa, nessa combinação de sabores que, já sabemos, é das mais bem sucedidas do planeta ;) A degustação, criada por Kevin Arnold e o chocolatier Richard von Geusau, inclui chocolates ao leite e amargo para serem degustados com Shiraz, Cabernet Sauvignon e vinho de sobremesa. Ela pode ser feita à parte, isoladamente, mas também está incluída no valor do wine safári.
Vinhos com chocolate ao final do tour
Delícia de passeio.

Franschhoek e Stellenbosch: pelas winelands sul-africanas

 Adoro enoturismo, vcs sabem. Sou maxi cosmopolita e amo as grandes cidades - na vibe "the bigger the better" mesmo :D - mas tenho paixão pelos roteiros que incluem hospedagem relax em cidades pequenas, rodeadas por vinhedos, cuja programação oficial seja visitar vinícolas e se fartar em wine tastings e almoços longuíssimos.  De Mendoza à Toscana, fui sempre muito feliz nos roteiros do gênero que fiz.
 Já contei aqui, nas visitas anteriores ao país, que acho a África do Sul um destino incrível também para amantes do vinho. É fácil, descomplicado, e bom tanto para grandes entendedores quanto para quem está começando a curtir esse universo.
 Bem pertinho da Cidade do Cabo, fica já Constantia Valley, que é uma belíssima introdução a esse mundinho tão gostoso e particular, e tão grudadinho. Você nem precisa, se não estiver a fim, se preocupar em alugar carro ou contratar tours para chegar a algumas das vinícolas de Constantia: os próprios citysightseeing buses da cidade têm um dos roteiros que leva até elas rapidinho, para quem só quer disfrutar um pouquinho dessa vibe.
 Mas continuo achando que as fofas Franschhoek e Stellenbosch valem muito mais que um day tour - recomendo muito a escapada de um ou dois dias para quem tem tempo em seu roteiro sul africano. A bem da verdade, eu seria capaz de passar uma semana todinha entre elas :D

 Ali, a oferta de hotelaria é imensa (das charmosas guest houses aos hotelaços de luxo de todo tipo), o clima é pacato e gostoso dia e noite (seja para caminhar pelas ruas principais ou para andar de bike pelos vinhedos), é lugar queridinho para compras (da ótima feirinha de artesanato de Stellenbosch às boutiques bacanudas em ambas cidades) e ainda tem uma gastronomia espetacular (o badalado Le Quartier Français é apenas um dos muitos ótimo restaurantes dali). E ambas cidades ainda são cheias de pracinhas, cafés e enotecas, além das inúmeras vinícols que as rodeiam.




 Uma tem carinha mais francesa, outra carinha mais holandesa; escolher uma predileta é questão de gosto mesmo, bem pessoal. Eu fico com Franschhoek, que acho (ainda) menos turística, mais gracinha. Mas o melhor de tudo é que elas estão grudadinhas, uma do lado da outra, tanto que muitos turistas que nem querem dormir por ali fazem day tours pelas duas juntas num mesmo dia, saindo cedo e voltando de noitinha para a Cidade do Cabo.




Pode colocar no seu roteiro sul-africano; aposto que você gostará um monte das duas ;)