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18 de abr. de 2013

África do Sul: para quando você for ao Kruger Park


 Nesse post publicado semana passada no Saia pelo Mundo, eu contei como o Kruger Park virou um grande caso de amor na minha vida, desde a primeira visita, há pouco mais de 3 anos; um lugar capaz de fazer uma pessoa medrosona de animais em geral - eu! - ficar abobada/encantada/enfeitiçada ao ver o carro do safári diariamente rodeado por leões, elefantes e outros animais.

Quem vai? Acho o Kruger Park - sejam as reservas localizadas propriamente dentro do parque (como o Sabi Sabi, onde me hospedei da vez anterior) ou as localizadas no chamado Great Kruger, fora dos limites originais do parque (como a excelente Royal Malewane onde me hospedei agora) - um destino sensacional para qualquer tipo de viagem ou turista. Crianças, jovens, adultos, terceira idade, solo travelers, casais em lua de mel, grupos de amigos , famílias inteiras - é o tipo de programa que, excetuando-se casais com bebês, não tem contra indicação para ninguém.

Um senão? É que ficar hospedado no Kruger, via de regra, custa caro. Antes de mais nada, é preciso ficar de olho no hotel escolhido, porque o custoXbenefício pode variar muito de um lugar a outro: há hotéis que só incluem cama e café nos valores propagandeados (e, nesses casos, cada game drive costuma custar uma pequena fortuna) e outros que incluem tudo (cama, café, pensão completa, dois safáris por dia, bebidas etc).
A emoção de ver os animais ali, lado a lado
 Chegando lá: apesar dos voos da SAA de São Paulo a Joanesburgo serem diretos e geralmente ficarem abaixo dos mil dólares por pessoa, é preciso comprar a extensão ao parque. Existem três maneiras de chegar lá: direto de carro (alugado ou motorista contratado), do aeroporto de Joburg, numa longa road trip; voando com a própria SAA até Hoedspruit e, desse aeroporto, seguir de carro por aproximadamente 2h30 até o Kruger; ou encarar os preços da Federal Air (em média, 500 euros por pessoa - paguei 550 euros pelo meu em 2010) e voar diretamente do aeroporto de Joanesburgo à pista de pouso mais próxima do seu hotel, num táxi aéreo de pouco mais de 1h de duração.

Quando ir? Dá pra encarar o Kruger o ano inteirinho. Mas vale saber que de janeiro a março é comum chover todo dia.
"Seguindo" uma família de leões

Quanto tempo ficar? Depende muito do bolso e do gosto. Se eu tivesse grana, passaria ali uma semana :D  Mas, como é um destino mais caro e os hotéis tudo incluído operam com pelo menos duas saídas diárias (um safári ao amanhecer e outro ao entardecer), acho que duas noites são redondinhas, com quatro safáris e tempo para usar o hotel (boa parte dos hóspedes fica 3 noites, vale saber).

Como é a rotina? Geralmente, há uma saída de safári logo pela manhã e outra no final da tarde, cada uma com duração entre 2h30 e 3h. No meio do dia, pode haver um walking safári ou alguma outra atividade proposta pelo hotel, mas a maioria dos hóspedes aproveitar para descansar (afinal, o primeiro safári pode sair 5h da manhã) e aproveitar as instalações do hotel, da piscina ao spa. Nos lodges, é comum os animais zanzarem por entre a propriedade sem nem se dar conta da presença humana ali, Nos hotéis de luxo, a gastronomia típica costuma ser bem, bem, bem caprichada. Quase todos os hotéis incluem um jantar típico ao ar livre, no meio da savana, nos pacotes. 

29 de mar. de 2013

Egito: para quando você for

 Minha viagem ao Egito foi muito redondinha, como vocês já perceberam. Não planejei com muita antecedência, mas confiei cegamente num dos roteiros propostos pela AbercrombieKent (Cairo + Cruzeiro pelo Nilo), que foi a operadora com a qual viajei (dá pra adquirir os roteiros direto pelo site ou através de qualquer agente de viagens) e recomendo muito.
O que eu faria diferente se fosse novamente? Optaria pelo cruzeiro de 4 noites/5dias ao invés do de 3 noites/4 dias que fiz; e incluiria duas noites em Alexandria (me arrependi MUITO de não ter ido para lá) e outras 3 em Sharm-el-Sheik (no Mar Vermelho), o que, na minha opinião, seria um roteiro bem completinho pelo país. Se tivesse mais tempo, incluiria também mais 2 noites na Península do Sinai e algo de deserto também. 
Então vamos ao be-a-bá dessa viagem, que vários leitores andaram pedindo desde minha viagem no mês passado:

VOOS
Não existem voos diretos do Brasil ao Egito, então o caminho mais curto costuma ser voar até alguma capital européia e fazer conexão ao Cairo. Eu comprei meu voo de última hora, e fiz questão de um stop over de 3 dias em Paris na ida, então saiu mais carinho que o planejado (R$3300,00 com a Air France). Mas há várias promoções de companhias aéreas rolando esse ano, vale ficar de olho. Dá pra fazer conexão em Dubai também. Para os voos nacionais - para ir a Luxor/Aswan, por exemplo, existe pouquíssima opção; a maioria é operada pela Egypt Air (egyptair.com), que tem inclusive aeroporto próprio no Cairo.

QUANDO IR
Todo mundo é unânime em dizer: a melhor época para visitar o país é o inverno (dezembro a março), já que no verão a temperatura ultrapassa fácil os 40 graus no país todo. Mas o inverno costuma ter o inconveniente de ser alta temporada e, em condições normais, ter os preços muito mais caros.  Abril e novembro também são considerados bons meses para ir, com temperatura ainda não tão quente e preços mais amistosos. Na verdade, a época agora é excelente. Os números do turismo no país caíram muito e os preços de hotéis, cruzeiros e passeios em geral também despencaram (só os preços das atrações que continuam os mesmos, mas até na hora das compras tá mais fácil pechinchar). Peguei a maioria das atrações bem vazias, sobretudo no Cairo. Os cruzeiros estão dando noites grátis e hotéis de luxo que antes custavam fortunas estão em alta promoção; um belo pretexto para uma extravaganciazinha ;)


PARA IR COM PACOTE
Um esclarecimento: ir com pacote montado não pressupõe obrigatoriamente uma viagem em ônibus de excursão; é muito comum por lá você montar sua viagem com uma operadora mas fazendo a maioria dos passeios individualmente. Ou fazendo compartilhado, mas entrando cada dia num grupo diferente. A AbercrombieKent faz roteiros nos dois modelos e, quando é grupo, sempre grupo bem pequeno.  Para ir com grupos maiores, dá pra comprar aqui no Brasil roteiros de empresas como a New Age, que costumam ter saídas o ano todo. Para quem quer viagens em grupo bem low cost, a IntrepidTravel (muitíssimo bem recomendada pela Dondinha, inclusive) é boa opção e tem roteiros diferentes pelo Egito. 

PARA CONTRATAR UM GUIA
Recomendo aqui dois excelentes que me atenderam durante a viagem. No Cairo, o Sayed Mahmoud (sayedtot@yahoo.com) é uma graça, super dedicado e fala português. Ele me atendeu no roteiro da Abercrombie, mas trabalha como guia freelancer também. Em Luxor e arredores, o Ehab Bahar (ehabbobehabbob@yahoo.com) é tremenda referência para quem busca guias em inglês na região. Ele era o guia do meu cruzeiro mas atende viagens privativas com frequência (saiu do cruzeiro para ficar 3 dias guiando um casal de americanos, por exemplo). Cultíssimo, paciente, foi um dos melhores guias que já tive em viagem. 





O POVO
Tive uma grata surpresa com o povo egípcio. Não, não é fácil e simples uma mulher ocidental viajar sozinha por lá - até por isso que fiz questão de ir com uma operadora local. Cada vez que saí sozinha estudei muito bem a rota que faria e me preparei psicologicamente para todas as bobagens que ouviria. O assédio é grande o tempo todo, e incisivo; mas se restringe, em geral, a olhares e palavras (escrevi mais sobre isso aqui e aqui). No mais, os egípcios são grandes fãs do Brasil em todos os aspectos e percebi que todas as vezes que mencionei que era brasileira a comunicação ficou mais fácil, amistosa e respeitosa. São bem humorados (com um senso de humor muito semelhante ao nosso, por sinal), bons contadores de histórias e muito, muito festeiros.

O TRÂNSITO
Caótico sempre. É aparentemente tranquilo nas cidades menores mas a combinação de ausência de faixa de pedestres, motos, carros, caminhonetes, caminhões, tratores e um sem fim de charretes e carroças o tempo todo é complicada. Não aconselho dirigir, não, muito menos no Cairo, que é como uma filial de São Paulo ou da Cidade do México - e com todo mundo buzinando junto o tempo todo.  No Cairo, é sempre bom considerar o fator trânsito na hora de calcular o tempo para chegar em algum lugar. Para cruzar para a outra margem do Nilo em táxi, teve dia que levei 10 minutos e teve dia que levei 30, fazendo o mesmo trajeto. 

DINHEIRO 
A moeda local é a libra egípcia. Com um dólar americano você compra hoje aproximadamente 6 libras, com um real 3 libras e com um euro 8 libras. É fácil sacar libras nos caixas eletrônicos e os melhores hotéis têm sua própria máquina ATM dentro do lobby, o que é uma mão na roda. Há ATM nos shoppings também. Dá pra pagar com euros e dólares, mas a cotação é sempre desfavorável para o turista.  


O QUE FAZER
É preciso ter em mente que o Egito, de maneira nenhuma, se restringe às pirâmides de Gizé. Gosto é gosto, mas a maioria dos turistas acaba confessando que os templos às margens do Nilo (Philae, Edfu, Kom Ombo, Karnak, Luxor) e o próprio Vale dos Reis e Rainhas lhes foram muito mais impactantes do que as pirâmides em si. O país é cheio de belezas e a própria cidade do Cairo, que muitos brasileiros só usam como base para visitar as pirâmides e ponto, vale a pena ser explorada, das mesquitas à vida noturna. Quem tiver tempo no Cairo, vale explorar também os arredores, como Saqqara e Memphis

13 de jan. de 2013

Turismo HiLo: como encontrar barbadas de viagem em hotelaços

Dormir numa tremenda cama com serviço irrepreensível pode ter preço de promoção sim, senhor 

Essa série beabá sobre como encontrar barbadas no turismo HiLo começou nesse post aqui. Para ler todos os posts da série, clique aqui.  No capítulo de hoje da novelinha, como encontrar promos e barbadas em hotelaços no Brasil e no mundo.

Apesar de usar também muito o booking.com, que é muitíssimo eficiente para boas ofertas em hotéis quatro estrelas e, eventualmente, até cinco estrelas (especialmente bom para hotéis quatro estrelas nas Américas, na minha opinão), meus sites prediletos para cacifar ofertas em hotelaços são o Sniqueaway.com, o jetsetter.com e, acredite, o Travelzoo, sobretudo na versão inglesa (travelzoo.co.uk). 

Você pode usá-los para pesquisar aleatoriamente, é claro, mas inscrevendo-se em suas newsletters você recebe semanalmente as ofertas em destaque, que costumam ser bacanérrimas. O Sniqueaway às vezes ainda promove leilões e tem umas ofertas incríveis que duram só 24h, então tem que ficar de olho. O Travelzoo anda sendo uma ferramenta divina para pegar ofertaças em hotéis que andam na wish list faz tempo - há duas semanas, por exemplo, uma amiga cacifou o lindão Four Seasons de Toquio no Travelzoo por 130 libras por noite no quarto duplo; e eles andam divulgando várias ofertas assim, sobretudo no continente asiático, big deals mesmo.

Outro site que traz boas ofertas em hotéis de luxo, mas em propriedades mais no estilo boutique, é o Tablet, que também tem versão brasileira .com.br . Seguir esses sites todos pelo twitter também funciona como um ótimo lembrete de promoções eventuais.

É importante também lembrar que hotéis novos costumam ter tarifas espetaculares enquanto estão em regime de soft opening – quando acabam de abrir mas têm preços bem interessantes porque ainda não estão 100% prontos (às vezes falta a piscina, às vezes falta o spa, às vezes falta algo que você nem usa num hotel :D) - que costumam fazer a alegria dos turistas mais atentos e pesquisadores. Assim como acontece nos voos novos de companhias aéreas (falei disso no post anterior), hotéis novinhos em folha costumam ter tarifas super tentadoras justamente para conquistar seus novos clientes.

Inscrever-se nos programas de fidelidade de redes hoteleiras – Accor, Marriott e Hyatt têm programas bem legais – também costuma dar acesso em primeira mão a ofertas, e tem ofertas que são específicas para “sócios”. Sem falar que nos programas desse tipo você acumula pontos conforme usa os hotéis, sejam eles de qualquer categoria, para trocar por noites free em destinos que te interessam.  Sei que, assim como no caso das companhias aéreas, é chato ficar gerenciando vários programas diferentes, mas para quem viaja com alguma frequência esses programinhas são mesmo bem úteis: os descontos são frequentes e tudo que a gente gasta no hotel (diária, restaurante, bar, frigobar, spa etc) é em geral convertido em pontos automaticamente. Tenho amigo que põe até o táxi de volta ao aeroporto na conta do hotel para juntar pontos mais rápido :D Alguns programas de fidelidade da hotelaria também podem ser associados a programas de fidelidade de companhias aéreas e/ou programas de recompensas de cartões de crédito, permitindo que você junte pontinhos mais rápido e fácil, para usar mais rápida e facilmente também. 

O mais eficiente mesmo é ficar de olho, sempre – via twitter, facebook, newsletters  - para conseguir aproveitar as promoções que interessam especificamente a VOCÊ.

25 de dez. de 2012

Antártida: para quando você for

- QUANDO IR: as viagens de turismo ao continente antártico acontecem entre novembro e março, anualmente.

- COMO COMPRAR: o ideal é pesquisar bastante online (ou com um agente de viagem que seja especializado nesse tipo de viagem) para encontrar o cruzeiro que mais se encaixa nos seus gostos e no seu orçamento. Os cruzeiros mais concorridos podem ter lista de espera de até dois anos (sobretudo no caso de navios menores, que costumam lotar mais rápido) mas, para fazer tudo com calma e planejamento, o ideal é comprar a viagem com seis meses de antecedência (lembrando que nem sempre a armadora permite parcelamento). Outra opção é entrar na loteria do last minute: em Ushuaia, na av. San Martin (a principal do centro), existem duas agências especializadas em vender cruzeiros para a Antártida de última hora, durante a temporada. Eles vendem lugares, em geral, que vagaram por desistências de passageiros; ou, eventualmente, um leito ocioso, que a companhia não conseguiu vender antes do embarque. As vendas, via de regra, são para saídas no dia seguinte, com pagamento à vista no cartão de crédito. Mas, como eu disse, é loteria: conheci três irmãos lá que embarcaram de última hora no navio que saiu junto com o meu do porto, depois de sete dias na cidade, tentando. E também conheço gente que foi até Ushuaia, tentou por 10 dias e não conseguiu.

- OS TIPOS DE CRUZEIROS: a maioria dos cruzeiros que opera roteiros à Antártida são cruzeiros de expedição - bom pouco entretenimento à bordo, poucos passageiros e zero formalidades. Mas há navios grandes, como alguns da Holland America ou da Royal, que incluem ilhas antárticas nos roteiros patagônicos, como os que vão de BsAs a Valparaíso (ou vice-e-versa) - nesses o clima é o normal dos cruzeiros, com muitos passageiros, bastante entretenimento, noite de gala etc. Mais importante que isso: é preciso lembrar que os roteiros de viagem à Antártida, ainda que bem similares, são diferentes - diferentes itinerários, distintas paradas; confira antes.

- A VIDA À BORDO: depende do navio, é claro. Mas, considerando-se os cruzeiros de expedição (que são a maioria para lá), a vida à bordo consiste em palestras e (eventualmente) uma ou outra atividade recreativa. A maior parte do tempo a gente passa mesmo entre observação de fauna/flora/paisagem nos decks ponte de comando, palestras, desembarques e refeições. A falha do meu no Polar Pioneer, na minha opinião, foi ter tido zero recreação; tinhamos palestras e tal, mas acho que fez falta, em algum momento, ter algo mais recreativo, nem que fossem cooking classes ou trivias.

- O ANTES: em geral, as companhias que operam cruzeiros para a Antártida LOTAM os passageiros com informação sobre o destino. Amigos que já tinham ido pra lá me alertaram e, mesmo a minha viagem tendo sido meio de última hora, recebi mesmo montes de arquivos em PDF explicando como limpar as roupas que seriam utilizadas lá (para não levar nenhuma espécie "estranha" à região), o que levar, etc. Não importa a companhia, autorização de viagem assinada pelo seu médico (atestando que sua saúde está ok) + seguro viagem (com remoção incluída) são obrigatórios.

- A MALA: falo da mala de viagem clássica à Antártida AQUI. Quem for pra lá num cruzeiro regular, incluindo outros destinos, daí talvez precise de uma mala um pouco mais cheinha, com algum traje social.

- COMO SÃO OS DESEMBARQUES: como não existem "portos", os desembarques são invariavelmente feitos em zodiacs, aqueles botes motorizados. Podem acontecer uma, duas (o mais comum) ou três vezes ao dia, dependendo da companhia, do navio e do roteiro em questão.  Com os zodiacs, é possível ter só um zodiac cruise (quando você nem sai do bote e só faz um cruzeirinho pela região) ou um desembarque (descendo nas ilhas ou no continente antártico, com caminhadas no local). O que você vai ver quase que invariavelmente? Pinguins, focas e pássaros mil, além de uma infinidade de icebergs. Baleias também são comumente avistadas dos navios.

- QUEM VAI: todo tipo de gente. Existem companhias que não são kids-friendly mas, em geral, hoje em dia crianças são bem aceitas também nos roteiros antárticos (dentre os passageiros que chegavam para fazer o roteiro inverso ao meu, no dia que desembarquei, havia 8 delas, com idades entre 8 e 12 anos). A maioria também não estabelece limite de idade, já que o aval do médico é obrigatório para todo passageiro (no meu cruzeiro, a passageira mais jovem tinha 21 anos e a mais idosa, 83 anos). O perfil dos passageiros mudou muito, me contaram lá, deixando de ser um roteiro "para terceira idade" e tendo roteiros com passageiros cada vez mais novos. No meu cruzeiro, por exemplo, um terço dos passageiros estava na faixa dos 30 anos.  Ali, tinha gente que foi por ser apaixonada pelas navegações e pelo continente em si (como eu), gente que foi por causa dos animais, gente que foi porque queria "pisar em todos os continentes do planeta", gente em lua-de-mel (acredite), gente que foi sem nem saber porquê (incluindo dois que "se cansaram de tanto ver iceberg" e não desembarcaram em quase nenhuma das escalas) e até (caso da passageira mais nova) que foi por uma aposta com os amigos o.O

Você pode ler todos os posts que publiquei sobre minha viagem à Antártida, sobre o antes, o durante e o depois da viagem, clicando AQUI.

Publiquei também posts sobre a viagem no Saia Pelo Mundo, que você pode ler aqui e tem um vídeo legal sobre a viagem feito por dois passageiros (pai e filho) do navio aqui.

8 de nov. de 2012

Highlands – para quando você for


Para quem planeja visitar as Highlands na Escócia, aqui vão uns lembretezinhos finais para facilitar sua viagem:
- a melhor “base” para explorar as Highlands, na minha opinião, é Inverness. O acesso desde Edimburgo é muito fácil e a cidade, além de gracinha, tem muitas opções de hospedagem e alimentação, além de vida noturna animadinha e comércio bem servido (tem de Primark a algumas big brands)
- alugar um carro para fazer essa viagem é altamente recomendável: as estradas são muito boas e muito cênicas o ano inteiro.  Apesar da insegurança de dirigir na mão inglesa e tal, o carro nos dá a maravilhosa liberdade de poder ir parando nas cidadezinhas menores e mirantes ao longo das estradas.
- quem não quer alugar carro também faz o trajeto Edimburgo-Inverness super bem e tranquilo em trem; são 3 horas e meia de viagem com belíssimas paisagens na janela.

- quem aluga carro pode fazer a viagem pela A9 (a mais curta, com cerca de 3h30, mas menos cênica) e  a A82 (beeeeeem mais longa, com quase 6h de viagem e montes de castelos e lagos - incluindo o Ness, é claro - no roteiro). Quem chega e sai por Edimburgo manda muito bem indo por uma e voltando por outra. Fiz e recomendo.
- quem for fazer a Whisky Trail e beber nas degustações não deve dirigir, obviamente. É tão proibido e perigoso como aqui.  Diversas agências e receptivos fazem esse tour diariamente a partir de Inverness; dá pra comprar na recepção do hotel. Quem não bebe o destilado (como eu) pode fazer um belo tour (incluindo o gratuito na Glenfiddich, que eu conto aqui) e desfrutar também das belas paisagens do caminho ( há destilarias na A95 e outras na A96 e A940, mas é tudo muito bem sinalizado ao longo de toda rota).
- quer alguém para dirigir por você nas sinuosas estradas das Highlands? O brasileiro Paulo e sua adorável esposa escocesa Diane, que também fala português fluentemente, trabalham o ano todinho com isso, em private tours (para orçamentos e info, email para seescotland@freeuk.com)

E, para terminar a série de posts sobre a viagem (ao menos por enquanto :D), deixo aqui registrada a canção que virou uma espécie de hino para os escoceses recentemente e que marcou muito meu iPod durante a viagem ;)

3 de nov. de 2012

Quito : para quando você for

Cositas que vale a pena você saber de antemão antes de embarcar para a capital equatoriana:

- não existem, por enquanto, voos direto do Brasil a Quito, mas é fácil voar via LAN, Avianca, Taca ou Copa para lá, sempre com conexão no hub da companhia escolhida, é claro (eu fui via Bogotá e voltei via Lima). Vale a pena reservar com antecedência ou tentar emitir o trecho com milhas/pontos: comprando com menos de um mês da viagem, paguei 900 dólares (taxas incluídas) pela passagem com saída de SP.

- o aclamado "novo aeroporto" de Quito ainda não está pronto. Ou, melhor, até está; mas como ainda não está pronta a estrada que leva ao aeroporto (viva a América do Sul!), ainda não está operando; deve entrar em funcionamento a partir de março do ano que vem. O aeroporto atual, apesar de pequeno e desorganizado, tem uma grande vantagem: fica em plena cidade - com trânsito bom, a gente leva cerca de 20 a 25 minutos ao centro ou ao bairro La Mariscal

- a moeda corrente no Equador é o Dólar americano (USD). Isso mesmo, dólar, igualzinho nos EUA. Única diferença são as moedas, em geral cunhadas no próprio país - incluindo a curiosa moeda de 1 dólar. Dessas vale a pena tentar se livrar antes de voltar ao Brasil, a menos que você queira colecionar ou voltar ao país em breve, é claro.

- o transporte público em Quito é muito barato - custa cerca de US$0,50, em geral. Mas ainda não existe metrô e os ônibus costumam ser bem demorados e muito, muito cheios. Aconselho o uso dos táxis, inclusive no trajeto aeroporto/hotel (vale também consultar com o seu hotel quanto cobram pelo transfer). Na cidade, mesmo as corridas mais longas - como Centro/La Mariscal ou La Floresta e vice-versa - dificilmente passa dos dois ou três dólares. Para voltar à noite, aconselho sempre pedir ao restaurante ou bar onde você estiver que chame o táxi por você, por segurança - único senão é que à noite a maioria dos carros opera sem taxímetro e cobra bem mais caro pela viagem (de seis a oito dólares o mesmo trajeto acima citado).

- como já contei antes, a zona hoteleira por excelência é também a zona boêmia por excelência: La Mariscal, popularmente conhecida como "gringolândia". Mas os melhores restaurantes estão no bairro vizinho, La Floresta, e o centro histórico, que reúne as melhores atrações históricas da cidade, também está despertando novamente para hotelaria - no último ano, cinco novos hotéis abriram suas portas por lá, além de pousadas e albergues.

- no comércio, há de tudo. O comércio popular está todo reunido no centro histórico; as melhores compras de artesanato, na minha opinião, estão no mercado de La Mariscal; e tem também shopping centers nos bairros mais afastados e residenciais. Quem tem mais tempo pode comprar um tour até Otávalo, que tem a maior feira de artesanato das Américas - mas vale saber que são cerca de duas horas para ir e outras duas para voltar; o grande dia de Otávalo é sábado. Em geral, para artesanatos, pechinchar em Quito é de lei; mas pechinchas suaves - difícil um comerciante dar descontos superiores a 20% do preço originalmente proposto.

- os quiteños são, em geral, muito simpáticos e solícitos: explicam detalhadamente cada pergunta que fazemos. Ainda não estão acostumados com o turismo de brasileiros - somos poucos por ali - mas adoram o Brasil e nosso futebol.

- Quito, felizmente, já não é mais insegura como era antigamente. Até o centro histórico, que vivia em pé de guerra há uma década, está super policiado durante o dia e iluminadíssimo à noite (a iluminação dos monumentos, aliás, é lindíssima). Andei tranquila nos dias que fiquei na cidade, mas sem dar bobeira, é claro. Afinal, como toda capital sul-americana, vale ter cuidado redobrado sempre, mantendo bolsa debaixo do braço, carteira no bolso da frente e esse monte de precauções que tomamos sem nem pensar duas vezes quando estamos em cidades grandes no Brasil também.

- o chá/café da tarde é um hábito super comum para os quiteños: café ou chá + quitetudes como bolos, pães de queijo e afins são de lei lá pelas 16h30, 17h para muita gente.

- Quito fica a 2850m de altitude, então os corpos mais sensíveis podem sentir algo de dor de cabeça ou náusea logo ao chegar na cidade; mas costuma passar bem rapidinho. A gente lembra mais da altitude nas (muitas) ladeiras da cidade, quando cada subida parece sempre pior do que pensávamos durante a caminhada ;)

- Dada a altitude, Quito é sempre fresquinha, beirando os 20 graus muito frequentemente. E também é bastante chuvosa, sobretudo no "inverno equatoriano", que vai mais ou menos de outubro a março. Mas, mesmo nos dias mais frios, vale lembrar que, estando em plena linha do Equador, é mais que necessário usar sempre filtro solar.

Olho: a imigração em Quito foi bem lenta e enrolada na minha chegada; me disseram ali , os próprios funcionários, que costuma ser assim mesmo. Fiquei exatos 65 minutos entre entrar na fila e ser atendida. Quem contrata transfer para o aeroporto deve ter isso em mente, ok?

30 de out. de 2012

Galápagos: para quando você for

Galápagos é o destino mais visitado de todo o Equador. E isso inclui também, é claro, as preferências dos brasileiros que viajam ao país. Então listo aqui algumas coisinhas que considero importantes para quem tem planos de viajar para lá:

- o arquipélago, como o próprio nome sugere, é composto de diferentes ilhas. E isso inclui também diferentes aeroportos. Ainda que Baltra (GPS) seja o mais comumente utilizado, é preciso atenção redobrada na hora de comprar os tickets para lá, para garantir que esteja comprando os bilhetes exatamente para a ilha que te interesse. No caso dos cruzeiros, quem viaja de barco por lá muito frequentemente chega por uma ilha e sai por outra (comigo foi assim também, chegando por San Cristóbal e saindo por Baltra)

- Galápagos é um destino caro; acho que vale MUITO a pena, mas é bom saber de antemão que tudo custa (bem) mais caro lá que no continente. Os próprios voos Quito-Galápagos-Quito saem por volta de US$500 por pessoa o return ticket, uma bela graninha. Deixo aqui registrado que comprei também esses bilhetes internos através da Metropolitan Touring, operadora equatoriana, e me custou bem menos do que minha agente de viagens tinha conseguido aqui no Brasil (os trechos mais baratos costumam ser os da equatoriana Tame, cujo serviço achei bem bonzinho, por sinal). Quanto ao trecho internacional (no meu caso, SP-Quito-SP), com bastante antecedência, dá pra conseguir com milhas ou por preços em torno dos US$600; quem reserva em cima da hora, tipo eu (comprei com pouco menos de 30 dias de antecedência), pode pagar até US$1000,00 (eu paguei 900, incluindo taxas)

- para ingressar ao arquipélago, que é parque nacional, é preciso pagar uma taxa de manutenção logo na chegada ao aeroporto. Os estrangeiros, em geral, pagam US$100 dólares por cabeça; brasileiros se beneficiam do pacto andino+Mercosul e pagamos US$50 por pessoa.

- quem vai a Galápagos usa um setor exclusivo do aeroporto de Quito (pelo menos por enquanto, já que o novo aeroporto, apesar de pronto, ainda não começou a operar por uma série de problemas). Ali é feito um controle rigoroso do conteúdo das bagagens, sejam despachadas ou não, já que é probido ingressar ao arquipélago com qualquer tipo de alimento ou planta. Apesar de pequeno, o saguão de embarque conta com três salas vip diferentes (incluindo Diners), livraria e 3 cafés/lanchonetes.

- frio em Galápagos dizem que é muuuuito difícil. Pode variar entre o calorzão de agosto e janeiro e os dias mais frescos do restante do ano. O que muda mais é a temperatura da água: nessa época agora, considerada localmente baixa temporada, a temperatura do mar fica em torno dos 18 ou 19 graus; então convém alugar um wet suit para fazer as atividades aquáticas.

- boné ou chapéu, óculos de sol e muuuuuuuito filtro solar são essenciais em qualquer época do ano, dada a própria latitude do arquipélago, é claro. Assim como beber muita água o tempo todo. Nesse caso, exageros são muito bem-vindos.

- as atividades em Galápagos são todas voltadas para o ecoturismo, para a exploração. Os dias, em geral, começam muito cedo - para aproveitar bem os passeios antes do sol matador do meio-dia) - e também terminam cedo (são poucos os lugares no arquipélago com a noite mais agitadinha). Os trajes devem ser os mais esportivos possíveis, incluindo, é claro, calçados ultra bem testados antes da viagem para dar conta de todas as caminhadas. Blusa de manga comprida pode ser útil para os mais friorentos, já que podem rolar ventinhos por ali. Os calçados tipo papete costumam ser uma boa por ali já que várias atividades, passeios e excursões passam por partes "molhadas" durante o passeio.

- o contato com a fauna local é sempre muito intenso, em qualquer parte das ilhas. Em San Cristóbal, por exemplo, os leões marinhos ficam espalhados pela própria cidade, dormindo nas passarelas de madeira ou esparrachados nos bancos das praças, uma loucura. Nos trekkings, os leões marinhos e também iguanas, albatrozes, pelicanos e mais dezenas e dezenas de espécies de aves diferentes cruzam nosso caminho, literalmente, o tempo todo. E durante as atividades de snorkel e mergulho é comum os próprios leões, tartarugas marinhas, arraias e uma infinidade de peixes "nadarem" junto com os turistas - só não é permitido nunca, sob nenhuma hipótese, tocá-los.

- localmente, há várias recomendações para utilizar somente produtos biodegradáveis nos seus dias no arquipélago. Shampoos, condicionadores, sabonetes e filtro solar bio são facilmente encontrados à venda por lá.

- as ilhas, no geral, são bastante seguras. A gente anda a pé pra todo canto, é tudo bastante simples de ser explorado (não é permitido circular pelas trilhas do parque sem guia). Várias pousadinhas operam sem chaves (como o próprio La Pinta, o cruzeiro que fiz, como eu conto aqui) e não rolam relatos de nenhum tipo de furto ou assalto (o baphón em Galápagos é sempre quando algum turista tenta deixar o arquipélago contrabandeando animais e/ou plantas).

(subo o post sem fotos por enquanto, que o blogger não tá me deixando fazer os uploads :/ )

17 de out. de 2012

Edimburgo: para quando você for

Como chegar:
Em geral, a maioria dos turistas chega à Edimburgo vinda de Londres - 1h30 de avião ou 4h30 em trem. Mas há também voos (inclusive de companhias low cost, como a Ryanair) de várias cidades européias para lá todos os dias. O aeroporto de Edimburgo é lindo, moderno e super bem estruturado, eficientíssimo - tanto para chegadas quanto para partidas.

Onde ficar:
Essa é uma decisão bem pessoal, depende do perfil do viajante. Eu fiquei dos dois "lados" - Old City e New City - e gostei de ambos (ficar em zonas que não sejam nenhuma dessas duas eu não recomendo, não; o bom de Edimburgo é o fato da maioria das atrações estar bem concentrada). A vantagem de ficar na parte antiga é estar bem pertinho da maioria das atrações: Castelo, Royal Mile, Palácio, maioria dos museus. A vantagem de ficar na parte nova é estar pertinho da zona comercial e da maior movida noturna. Há muitos hotéis nas duas regiões - dos econômicos Travelodge aos bambambans tipo The Balmoral - e qualquer maneira, bastam 15 minutos de caminhada para cruzar da parte nova à antiga e vice-versa, bem tranquilo.

Quanto tempo:
Eu diria pelo menos 3 dias. Se você fizer tudo muito rapidinho, até em dois dá. Mas o próprio Castelo, por exemplo, se formos visitar todos os museus e atrações que existem ali dentro, a gente leva fácil um (prazeiroso) dia inteirinho. Em 3 dias dá pra fazer todas as principais atrações com calma. Mas já aviso: fiquei 3 dias inteiros e achei pouco, muito pouco, porque a cidade, além de linda, e muito agradável, deliciosa para explorar andando, dia e noite.

Como se locomover:
Do principal de Edimburgo, New City e Old City, dá pra fazer tudo à pé numa boa. Você vai acabar usando táxi, no máximo, para o jantar; nem dos (bons) ônibus do transporte público da cidade a gente precisa. Os táxis não são exatamente caros, mas a gente precisa realmente bem pouco deles. Só precisamos mesmo de transporte para explorar áreas um pouquinho mais afastadas, como a zona portuária de Leith e os museus e bosques de Dean Village. De resto, um calçado bem confortável que a cidade, apesar da geografia cheia de subidas e descidas, é deliciosa par caminhar.
Uma opção boa para quem tem pouco tempo na cidade é usar os CitySightseeing Bus de Edimburgo: há 4 rotas diferentes disponíveis (temáticas, e bem interessantes até) e, se você comprar o passe de 48h, pode usar as quatro rotas quando quiser, como quiser, durante esse período (o ticket normal é válido por 24h consecutivas, mas para apenas uma das quatro rotas disponíveis).

O que ver:
Eu falo sobre as principais atrações da cidade nesse post aqui. De qualquer maneira, recomendo muito os básicos: Castelo, Palácio Real e National Gallery, o divertido (e gratuito) Museum of the Mound, a visita e a vista panorâmica de Calton Hill, a linda zona portuária de Leith e os museus modernosos de Dean Village. Dicas de lugares gostosos para comer (muito) bem, aqui.

Moeda:
Como os demais destinos britânicos, a moeda é a libra. E, também como nos demais destinos britânicos, ali usa-se tanto as notas e moedas inglesas como notas e moedas locais também, emitidas pelo Bank of Scotland. Há caixas ATM e casas de câmbio em simplesmente toda parte.

Época:
O verão é óbviamente a época mais quente, com mais atividades culturais gratuitas, mas também a época mais cheia e cara. Particularmente, achei excelente a visita no outono: peguei dias lindíssimos, de sol e céu azul; mas, para os friorentos, vale lembar que a temperatura dificilmente ultrapassa os 15 graus nessa época. O inverno, dizem, costuma ser bem gelado e chuvoso e a primavera ensolarada e fresquinha como o outono.

Chegando e saindo: 
Do aeroporto de Edimburgo para seu hotel, além da grande oferta de táxis, há várias empresas oferecendo esse serviço em sistema de transfer privativo - a corrida pode sair mais barata se você já reservar ida e volta. Quem não liga para ser deixado exatamente em frente ao seu hotel pode fazer esse trajeto até Old City ou New City utilizando o ótimo e super frequente Airlink, o ônibus que, por 6 libras (ida e volta!) conecta o centro da cidade com o aeroporto.

Infos:
Antes da viagem peguei muitas dicas sobre a cidade no ótimo Contando as Horas. As informações oficiais do turismo escocês, excelentes, estão no VisitScotland.com

17 de jun. de 2012

Beach Park: para quando você for

Depois de ter aproveitado esses 3 dias no Beach Park a convite do próprio complexo, vale dar umas diquinhas para quem anda planejando umas férias ou feriado prolongado por lá.
Quem se hospeda dum dos três hotéis do complexo voa até o aeroporto de Fortaleza e, de lá, segue em carro (alugado, van, táxi ou transfer) até o parque, que fica na praia de Porto das Dunas, no município vizinho de Aquiraz. O trajeto do aeroporto até os hotéis do Beach Park dura entre 30 e 45 minutos, dependendo do horário e do trânsito.
Essa é mais ou menos a mesma distância também do parque para Fortaleza - tanto para quem se hospeda na cidade e vai ao Beach Park só por um dia, para usufruir do parque, como para quem está hospedado no próprio parque e quer ir à Fortaleza para jantar, curtir as atrações da cidade ou mesmo dar um rolê pela feirinha da Beira-Mar.
Quem vai ao parque só por um dia, tem das 11 às 17h para se esbaldar nos brinquedos do parque. Vários quiosques com lanches, petiscos, sorvetes e até um big restaurante buffet fechado garantem a alimentação de quem está por lá. Ao lado da saída do parque para a praia fica o ótimo Chandon Bubble Lounge, pé na areia e sob coqueiros, que serve a la carte - excelente moqueca de arraia, viu? Vários banheiros, uma big área de locker, lojinha de souvenirs e um mooooonte de salva-vidas em todas as atrações completam o set.
Quem fica hospedado num dos hotéis do Beach Park conta com acesso exclusivo ou transporte ida e volta para chegar rapidinho ao parque e também pode entrar uma hora antes dos demais turistas - para os hóspedes, o parque abre às 10h e, às segundas, abre ainda um pouquinho mais cedo para as crianças dos Kids Club.
Os regimes de hospedagem dependem mesmo do cliente. A maioria dos hóspedes opta pelo regime de meia-pensão (café e jantar no restaurante buffet dos hotéis), com acesso diário liberado ao parque - e os preços são por quarto e não por pessoa, o que costuma ser bem vantajoso, por exemplo, para um casal com dois filhos.
Para outras informações mais específicas sobre o parque,seus hotéis, preços e pacotes, clique aqui.

22 de mai. de 2012

Cancun: para quando você for


Diquinhas geraizonas para quem estiver armando uma viagem para lá:

- não é preciso alugar carro, não;  os tours por Cancun e seus arredores são abundantes e vendidos em qualquer hotel.  Quem quiser fazer tudo de forma independente também se dá bem rapidinho: táxis estão disponíveis em todo canto e, no terminal de ônibus do centro, há saídas diárias para locais Playa del Carmen, Tulum, Chichén Itzá etc. E os ônibus de linha percorrem toda a zona hoteleira por cerca de 1 dólar
- do aeroporto ao hotel: os táxis cobram cerca de US$50 a corrida e as vans estilo shuttle cobram desde US$10 por pessoa.
- Para comer: Mercado 28, para comida popular no centrão; Calenda Oaxaca para ótima comida mexicana;  La Habichuela Sunset para um jantar descompromissado; e Fantino para um jantar especialíssimo.
- Para curtir a noite no Cancun Style:  Coco Bongo, Dady O, Bulldog Cafe, Señor Frog’s, Carlos’n’Charlie’s e Margueritaville
- Quando ir: melhor evitar setembro e outubro,  pela probabilidade de furacões e maior quantidade de chuvas, assim como ezembro, janeiro e Semana Santa, que são as épocas mais lotadas.

15 de mar. de 2012

Jordânia: para quando você for

Nos últimos dias, vocês acompanharam aqui, no FB, Twitter e Instagram essa linda viagem pela Jordânia que eu fiz. Bom, ao menos eu achei linda, e de monte, não escondi de ninguém ;-)
Então aqui vai, resumidinho, o postzinho beabá pra quem resolveu planejar também sua incursão por esse surpreendente país:

Visto: brasileiros e portugueses precisam de visto para entrar, sim. Mas o visto é comprado/dado na hora, no desembarque no aeroporto internacional de Amã mesmo (nota: aqui estou me referindo exclusivamente ao aeroporto de Amã, o principal do país; mas, se ali não for seu local de ingresso no país, entre antes no Visit Jordan para verificar como são os procedimentos para ingresso por onde você prentende entrar. As regrinhas mudam de um lugar para outro, ok?). Ao custo de 20 JD (+- US$30), você vai a um dos guichezinhos no desembarque, responde onde vai ficar e por quanto tempo e, voilá, recebe o visto (lindinho, em forma de selo). Mas olho: só pode pagar em dinares. Então, antes de entrar na fila do visto, vá ao guichê de câmbio ou ATM logo ao lado e saque moeda local ou troque seu dindim para ganhar tempo.

Dinheiro: a moeda jordaniana é o dinar, simbolizado geralmente por JD antes ou depois dos algarismos. O dinar jordaniano vale mais ou menos a mesma coisa que a libra esterlina; agora em março valia até um pouquinho mais.  Pra facilitar as contas, dá pra multiplicar o valor mostrado em JD por 1.5 para saber o preço em dólares; ou direto por 3 para saber em reais. Em hotéis, restaurantes etc, cartões são facilmente aceitos, assim como nos shoppings; mas nas lojas menores e atrações, o pagamento é quase semrpe cash. Há várias ATM para saque.

Língua: na Jordânia se fala árabe. Mas o inglês é muito difundido, e bem razoável; mesmo que falem um inglês bem básico mesmo, todo mundo consegue se comunicar numa boa. E muitos jordanianos arranham bem o espanhol também.  As sinalizações estão sempre escritas em árabe e em inglês, em todo o país.

Preços: o país não é uma pechincha porque sua moeda vale bem, se comparada ao real (são mais ou menos 3 reais por cada dinar). Mas os preços são, em geral, bastante acessíveis, com bom custoXbenefício, das compras aos hotéis e restaurantes.  Carinho mesmo é o ingresso a Petra, cerca de US$75 – mas vale ABSOLUTAMENTE cada centavo na minha opinião ;-)

Compras: tem de tudo, de ímãzinhas fofos e pashminas locais às big luxury brands nos malls (continuo achando a comprita mais autêntica essa). Um alerta: etabelecimentos menores e mais populares podem marcar os preços somente em árabe; daí ou você anda com uma tabelinha com os números árabes ou pergunta o velho bom “how much is it” que também funciona ;-)

Transporte: para mochileiros e viajantes independentes que querem utilizar transporte público entre cidades pode ser mais complicado, com linhas pouco frequentes e longas viagens. Vale pesquisar bastante antes de ir pra poder aproveitar bem. A maioria dos turistas acaba optando por um tour em grupo ou, muito comum por lá, private tour com motorista e guia ou só motorista. Quem quiser alugar um carro localmente pra dirigir também pode, que toda a sinalização no país é bem feitinha e bilíngue, em árabe e inglês – mas vale lembrar que algumas viagens são longuinhas e que, assim como aconteceu comigo, uma tempestade de areia pode te surpreender mais de uma vez durante os deslocamentos.

Segurança: o país é, em geral, bem seguro. Em várias atrações a chamada Polícia Turística está presente e são muito simpáticos, com ótimo inglês. Pessoalmente, não me senti insegura ou ameaçada em absolutamente nenhum lugar, nem à noite em Amã. Mas é óbvio que as precauções que sempre tomamos em casa valem como medidas de segurança lá também. Mulheres sozinhas são bem-vindas – escrevi sobre isso no Saia Pelo Mundo.

Clima: as estações do ano, garantem, são bem definidas na Jordânia. Invernos frios (tava nevando agora em Amã, por exemplo, ainda que com temperatura bem agradável no resto do país),  primavera e outono bem equilibrados e o verão quentaço, sobretudo em Petra e durante o dia no deserto. No inverno, as chuvas são mais frequentes também (eu peguei bastante), mas os lugares são bem mais vazios (inclusive Petra) e os preços bem mais atraentes.

Quanto tempo: na minha humilde opinião, mínimo dos mínimos, uma semana, pra visitar os principais lugares. Pra fazer mais slow travel e curtir mais, eu sugeriria entre 10 e 12 dias.

Onde ir: meu roteirinho tá todo explicadinho nos posts sobre o país. E acho mesmo que todos os destinos que citei valem a visita – quanto tempo em cada um é algo bem pessoal, depende mesmo do gosto e do estilo do freguês. E ainda tem outras ruínas no norte e uma big reserva natural no leste que eu não visitei. Sugiro como absolutamente imperdíveis Amã, Jerash, Petra e Wadi Rum – na minha opinião, quanto mais tempo em cada um, melhor.


Observação: agradeço imensamente ao Visit Jordan que sugeriu e montou o meu roteiro pelo país e me providenciou carro e motorista/guia por lá para eu me locomover de uma cidade a outra, quebrando um galhão. As mudanças que eu faria no meu próprio itinerário (dormir uma noite em Wadi Rum, ficar um dia inteiro a mais em Petra, ir visitar a reserva, ficar mais em Áqaba etc) estão citadas, caso a caso, nos posts sobre o país em geral. 

15 de fev. de 2012

Cidade do Cabo: para quando você for

 Essa segunda visita à Cidade do Cabo, quando desembarquei da travessia Brasil-Africa, foi bem mais curtinha que a primeira. Mas deu tempo de rever os lugares que eu mais tinha gostado na cidade e conhecer mais dos arredores, sobretudo as vinícolas que tanto me encantam.
Se você quiser ler tudo que foi publicado aqui no Pelo Mundo sobre Cape Town, é só clicar aqui.

No mais, umas dicas rapidinhas, caso você esteja com viagem marcada para lá:

Chegando e saindo: 
O aeroporto da Cidade do Cabo é bem modernoso e estruturado. A maioria dos brasileiros chega e sai bem rapidinho, porque viaja via Joanesburgo, que é onde são feitos os processos imigratórios; mas o aerporto é também internacional. Para ir ou vir do seu hotel, você pode pegar um dos táxis locais ou contratar um transfer. No caso dos táxis, combine certinho o preço antes, pro caso dos muitos táxis sem taxímetro, ou cheque direitinho se o taxímetro está funcionando, para não ter surpresas. Pra quem perfere transfers, recomendo a Springbok Atlas, que eu utilizei tanto em 2010 quanto agora e gostei muito do serviço - foram bem prestativos tanto no serviço de van quanto no transfer privativo. No quesito espera, o Diners tem lounges ótimos tanto no terminal doméstico quanto no internacional, para quem é portador do cartão.

Trocando dinheiro:
O que não falta na cidade são casas de câmbio. Claro que no aeroporto a cotação é um pouquinho pior, mas não chega a ser nada gritante. O lugar com a maior facilidade de câmbio é o V&A Waterfront, que reúne várias delas, inclusive uma loja Amex. Mas a grande sacada - sorry pelo trocadilho :-D - continua sendo retirar dinheiro em caixa eletrônico mesmo, com seu cartão do banco ou seu cartão pré-pago de viagem, tanto faz. Mais uma vez, o melhor lugar para isso é o V&A Waterfront, que tem vários terminais ATM.

Segurança:
A Cidade do Cabo é bastante segura durante o dia e razoavelmente segura à noite nas zonas turísticas, inclusive para quem viaja sozinho. Estive sozinha nas duas visitas à cidade e em nenhum momento me senti ameaçada ou algo do gênero. Valem os mesmos conselhos que um brasileiro cansou de ouvir a vida inteira, é claro, como não caminhar sozinho por zonas muito desertas ou muito escuras, segurar a bolsa, não andar com carteira dando sopa no bolso detrás etc. A zona do Waterfront, em especial, conta com bastante policiamento e é muito tranquila - todo mundo anda com câmera na mão, por exemplo, sem stress.  À noite, na região da Long Street, o reduto mochileiro da cidade, vale tomar mais cuidado.
 Preços:
A cidade é bem, bem acessível. Apesar do grande fluxo de turistas o ano todo - principalmente agora, no verão - os preços são bem decentes para comer, passear e comprar (mochileiros costumam pirar com as refeições completas a 3 euros na Long Street :-D). A moeda sul-africana é o Rand, cujas lindas notas e moedas vêm todas estampadas com os animais nacionais. Pra quem viaja bastante pra Europa e tá acostumado com o euro, a conta é facílima: como 1 euro compra hoje 10 Rands, é só tirar uma casa do valor que tá beleza.

Transporte:
O centro da Cidade da Cabo tá perfeito para ser feito todo a pé. Os mais andarilhos podem caminhar inclusive do Waterfront pra lá, se o sol não estiver de rachar mamona.  O transporte público é bastante ruim, mas os táxis são fartos e muito baratos - só vêm com o inconveniente de ter que negociar corrida toda vez, já que a maioria não opera com taxímetro. Uma alternativa que eu adoro, e ótima pra quem viaja sozinho, é chamar um Rikki, os táxis compartilhados da cidade: você pode ligar pra eles de qualquer lugar e eles mandam o carro (sempre black cabs ingleses, pintados geralmetne de amarelo) que estiver mais próximo do seu endereço te buscar. Como a corrida é compartilhada com até mais 3 passageiros - cada um indo pra um lugar diferente, é claro - o preço fica baratíssimo, dificilmente passando dos 2 euros. Ou você já pode embarcar, é claro, num Citysightseeing Bus para conhecer as principais atrações turísticas - são 24 euros por dois dias de passeio.

Compras: 
Com os preços camaradas, Cape Town é também destino de compras queridinho dos brasileiros. Das muitas lojas internacionais dos grandes malls e do V&A Waterfront às deliciosas barraquinhas de artesanato da Green Market Square, você se depara todo o tempo com mil tentações - eu sempre vou à loucura com as máscaras e as bijoux.

Passeios pelos arredores:
Os aluguéis de veículo são bem em conta na África do Sul e as estradas, em geral, são boas e bem sinalizadas pelos arredores da Cidade do Cabo. Mas vêm com o senão da mão inglesa e, se visitar vinícolas e degustar vinhos estiver nos planos, melhor optar por um tour. Testei e aprovei a Springbokatlas (para tours em grupo) e a Wow Cape Town Tours (para tours privativos).


Onde ficar
A escolha da localização do hotel vai muito do tipo de turista. Para quem viaja com crianças, fica num hotel no V&A Waterfront é imbatível e tranquilo para passear dia e noite - e com todo tipo de opção na hora de comer. Quem quer ter independência para ir pra qualquer canto da cidade com facilidade, as imediações do centro comercial são a melhor opção (fiquei nessas redondezas nas duas visitas e gostei muito). Quem quer pegar praia e curtir a cidade num clima mais relax, Camps Bay e Sea Point são bons locais, mas demandam uso de transporte obrigatoriamente para ir a qualquer canto.

Quando ir:
A Cidade do Cabo é boa de visitar o ano todo mas, como na maioria dos destinos, primavera e outono trazem melhores preços e temperaturas mais amigáveis. O inverno na cidade pode ser bastante frio e os verões estão cada vez mais sufocantes: peguei temperaturas de 40 e 41 graus todos os dias dessa vez. No verão fica tudo lotado também e os preços bem mais inflacionados.

Quanto tempo:
Para conhecer bem Cape Town (museus, atrações e até pegar praia ou fazer um township tour) e dar pelo menos um giro de um dia pelas vinícolas dos arredores, eu recomendo cinco dias inteiros.

27 de dez. de 2011

Patagônia Chilena: para quando você for

Se a Patagônia Chilena está nos seus planos de viagem, pode ser útil saber algumas coisinhas antes de ir:

- Antes de escolher exatamente a hospedagem, escolha sua "base" para explorar a região. Minhas recomendações são ou ficar hospedado em Puerto Natales (tem MUITA opção diferente, de albergues a cinco estrelas) ou ficar hospedado o mais próximo possível de uma das "portarias" do Parque Nacional Torres del Paine. Ficar no parque é muito mais interessante, é claro, já que a maioria das atrações vai estar ali, a muito menos tempo de transfer: mas só vale a pena se você escolher um hotel com sistema tudo incluído, já que estará afastado de todo comércio. Nesse sentido, ficar em Puerto Natales é mais mão na roda se você quer ter várias opções de restaurantes, cafeterias e mercadinhos nos arredores.

- Mesmo que você escolha ficar em Torres del Paine, não deixe de visitar Puerto Natales: a cidade é uma gracinha, ultra hospitaleira e interessante, da pracinha onde todos vão aos dois museus.

- Não é à toa que chamam a Patagônia Chilena também de fim do mundo; afinal, chegar ali nos toma quase tanto tempo de viagem quanto viajar para a Europa ocidental, por exemplo. São 4h de voo até Santiago, mais conexão, e outras 4h de voo até Punta Arenas (às vezes 5h, já que grande parte dos voos SCL-PUQ contam com escala em Puerto Montt). De Punta Arenas, são mais duas horas e meia em van até Puerto Natales ou mais 4h em van até Torres del Paine. Tem que estar mesmo preparado para enfrentar a maratona.

- Muitos hotéis, restaurantes e afins fecham suas portas de maio a outubro - a temporada na patagônia chilena funciona mesmo do comecinho de novembro a final de abril ou meados de maio. Já estive lá uma vez em maio, uma vez em novembro e duas em dezembro, e posso dizer que o cenário muda bastante do verão para o outono. A paisagem em novembro e dezembro é bem mais verdinha e florida; mas em maio as cores queimadas da vegetação são absolutamente divinas, inesquecíveis.

-O vento forte rola o ano inteiro - mas mais intensamente em janeiro; em compensação, nessa época as temperaturas são mais amenas e uma camiseta de manga comprida costuma ser suficiente para os mais acalorados - ou um casaco fininho para os mais friorentos. Em maio faz frio e o vento é gelado, gelado; então a mala precisa estar mais caprichadinha no quesito térmico.

- Na hora de fazer a mala, seja verão ou outono, lembre-se da máxima que os guias vão repetir toda hora (e você vai testemunhar ao vivo e a cores): "na patagônia, temos as quatro estações todos os dias". E é mesmo. Tem horas que a gente faz trekking só de camiseta porque saiu um solão, tem horas que chove forte de repente, tem trechos geladissimos na base nevada ou nos glaciares, e tem momentos que o vento arrasta tudo. Então é bom ter uma blusa fininha e fresca por baixo (camiseta mesmo) e um bom casaco, forrado ou com fleece, pra proteger do frio - assim, quando bater o calor, é só colocar o casaco na cintura. Um corta-vento também é interessante porque também serve como capa de chuva. No mais, roupas bem esporte e confortáveis e botas de trekking ou bons tênis de caminhada para os passeios. Beber muita água e levar produtinhos para proteger lábios e pele do vento também é essencial.  Os mais friorentos devem levar também luvas e gorro, sobretudo se pretenderem andar a cavalo.

8 de dez. de 2011

Montevidéu: para quando você for

Depois dessa sequência de posts sobre a capital uruguaia depois da última fugidinha por lá, deixo aqui um beabázinho pra quem tem uma viagem pra lá nos planos aproveitá-la ao máximo:

- claro que nenhum lugar é 100% seguro. Mas comparada à varias outras capitais sul-americanas e às grandes cidades brasileiras, Montevidéu é bem relax. Valem os conselhos óbvios, de nunca andar sozinho por zonas desertas nem ficar ostentando bens e posses por aí. Mas eu andei com minha câmera reflex nas mãos quase o tempo todo, sem stress – assim como o faziam vários outros turistas também. Os próprios moradores sempre recomendam não andar pelas ramblas da calle Andes em direção ao porto e, à noite, evitar a área entre a praça da Catedral e o porto – e vale respeitar. Eu fui jantar com um amigo numa sexta à noite em pleno centrão, na peatonal, e fomos e voltamos à pé ao hotel, também no Centro.

- a maior parte das atrações da cidade está concentrada na região central, e ali é fácil percorrer tudinho à pé. Para deslocar-se do centro para bairros como Punta Carretas e Pocinhos, dá pra fazer em ônibus de linha ou em táxi – os táxis são em geral bem decentes e as corridas raramente passam dos 20 reais.

- não troque dinheiro nas casas de câmbio do aeroporto – as cotações são péssimas! As lojas do aeroporto pagavam em média 8 pesos e meio por real, enquanto as do centro pagavam 10. Sacar dinheiro nas ATMs da cidade é bem tranquilo; no aeroporto, as duas estavam “temporariamente fora de serviço” quando eu desembarquei.

- o novo aeroporto de Montevidéu é bonito, limpo e bem funcional. Mas, se puder, reserve o transfer aeroporto-hotel antes de chegar à cidade, via internet. A maior parte dos hotéis providencia esse serviço e várias empresas de receptivo,  como a Transhotel (a que eu usei). No desembarque, não existe nenhum guichê do gênero e a única alternativa é tomar um táxi, e nem todos os que aparecem à saída do portão são regularizados  – e a maioria deles opera o trajeto sem taxímetro.

- as atrações da cidade são bem acessíveis. Para museus e afins, é raríssimo algum lugar cobrar mais de 50 pesos (5 reais) de entrada.  Muitas das atrações oferecem preço especial para turistas do Mercosul.

- a alta temporada da cidade vai de novembro a março e, claro, nessa época os preços de tudo costumam subir. Claro que ela fica mais vibrante e movimentada culturalmente também nessa época, sobretudo no Carnaval, mas posso dizer, por experiência própria (da visita anterior) que a cidade fica linda também no inverno, e muito charmosa.

- quem planeja ir durante o Carnaval, deve fazer suas reservas o mais breve possível: o Carnaval é um big evento por lá. Embora dure por 40 noites, do final de janeiro ao começo de março, e não só nos dias do nosso feriado brazuca, há períodos concorridíssimos na hotelaria.

- como a grande vocação turística da cidade ainda é para o business, são muitos os estabelecimentos – restaurantes, bares, cafés etc – que ainda não oferecem wifi free. Embora haja vários cybercafes, sobretudo no centro, se você é um zumbizinho da internet como eu, certifique-se que o seu hotel ofereça esse serviço.

- há diversos voos diretos todos os dias de várias cidades brasileiras para Montevidéu. A Pluna é quem tem a maior quantidade deles, mas TAM e Gol também fazem a rota (a Pluna é a única que sai também de Viracopos/Campinas, para alegria do interior :-D).  Do Rio e São Paulo, por exemplo, a viagem dura menos de 2h30.

28 de nov. de 2011

Atacama: para quando você for

Para chegar lá:
Calama é o aeroporto mais perto de San Pedro de Atacama. Do aeroporto a San Pedro, a viagem de carro/van/ônibus dura cerca de 1h30. Vários hotéis incluem os transfers ida e volta nas estadias all inclusive. Do contrário, durante todo o dia partem vans de e para o aeroporto por 10.000 pesos por pessoa (aprox. 40 reais) o trecho.
A LAN tem uma média de sete voos diários de Santiago a Calama. A viagem São Paulo/Calama/São Paulo custa desde US$555 até 15 de dezembro e desde US$799 de 16 de dezembro a 24 de janeiro, sempre com conexão em Santiago. Já a viagem Rio de Janeiro/Calama/Rio de Janeiro custa desde US$574 até 15 de  dezembro e desde US$810 de 16 de dezembro a 24 de janeiro, também sempre com conexão na capital chilena. O tempo de conexão pode variar dependendo dos horários dos voos internacionais.

Hospedagem:
São Pedro de Atacama tem de tudo: quartinhos alugados em casas, abundantes hostais e albergues, vários hotéis tipo 3 estrelas e ótimos hotéis 4 ou 5 estrelas, que costumam já vir com passeios e refeições incluídos. Nas duas viagens que fiz, me hospedei em hotéis dessa última categoria: os ótimos Tierra Atacama e Kunza e honestamente recomendo os dois: transfers, passeios e refeições incluídos (o Tierra Atacama ainda conta com open bar para não alcóolicos e vinhos e drinks da casa).

Passeios:
Quem compra uma hospedagem assim, all inclusive, geralmente tem duas opções de passeio por período, por dia, para escolher dentro do próprio hotel. Quem viaja sem passeios programados, encontra zilhões de opções no pueblo. Só na Calle Caracoles, são dezenas de agências de viagem vendendo passeios diários para vários locais do deserto - e também para Bolívia. Os passeios vendidos são sempre os mesmos e os valores variam muito pouco de uma agência para outra; é questão de fazer uma pesquisa rápida para encontrar o que mais te interessa.  Vários hotéis abrem também seus passeios para não-hóspedes, mediante reserva prévia, como é o caso do próprio Kunza. Os passeios mais comuns e imperdíveis você encontra aqui.

Alimentação:
Também a mesma coisa: quem tem hospedagem all inclusive, já tem refeições incluídas; do contrário, opções não faltam. Calle Caracoles e adjacências são repletas de lanchonetes e restaurantes, dos mais simples até alguns bem bacaninhas e interessantes, contemplando toda faixa de preços e toda sorte de paladar. À noite, todos são disputadíssimos. Para o almoço, cheque antes com sua agência, porque vários passeios incluem também box lunch.

Segurança:
A região é bem segura; são raríssimos os relatos de qualquer distúrbio por lá. Ainda assim, os cuidados básicos de segurança com os quais nós estamos acostumados são sempre bem vindos, claro. Só vale ter cuidado se estiver alojado muito distante do centro: vários caminhos secundários não contam com iluminação à noite.

Transporte:
Ali você não precisa de transporte, porque tudo é perto. Você só precisa mesmo dos transfers para o aeroporto e dos passeios, claro.  Mas alugar uma bike para chegar às ruínas, por exemplo, é uma boa ideia, já que longas caminhadas sob o incólume sol do Atacama costumam ser puxadas.

Dinheiro:
Os "negócios" não são muito abertos a aceitar reais, não. Aceitam dólares, mas geralmente com cotação bem desfavorável. Melhor mesmo sacar pesos chilenos de sua própria conta no Brasil na ATM da Calle Caracoles ou trocar seus reais/dólares numa das muitas casas de câmbio ali do centrinho.

Cuidados:
- Protetor solar com FPS alto SEMPRE. Os níveis de radiação no Atacama estão sempre classificados como "extremos" e estão entre os mais duros e perigosos do mundo; não dá pra descuidar nem um minuto. Mesmo de manhã cedo, tem que já sair com proteção. Chapéus e bonés são muito recomendados também.
- Óculos de sol também é item obrigatório, mesmo que você não curta; pela mesma razão do protetor solar. Não dá pra descuidar.
- Beber muita água, o tempo todo, é essencial. Mesmo que você não seja um grande beberrão, como eu, vai perceber que seu corpo pede água lá todo o tempo.
- Leve somente roupas de tecidos próprios para esportes ou então roupas de algodão, para minimizar os efeitos do calor e do sol na sua pele. Cores claras são muito indicadas, sobretudo o cáqui. Calças tipo "cargo" são perfeitas mas moletons e calças de ginástica também são bem-vindos  - os guias costumam comentar, entre risadas, que turistas que saem em calça jeans para os passeios são sempre brasileiros; e estão cobertos de razão. Calças são sempre mais recomendáveis que bermudas para a própria proteção da pele; mas todo mundo pode usar seu shortinho, se quiser.
- Faz calor, MUITO calor, durante o dia; mas as noites e finais de tarde são frescos. É legal sair para o passeio da tarde com um moletom ou suéter fininho na mochila ou na cintura, pra se sentir frio no final. Da pra usar a mesma coisa para o jantar, quando a temperatura cai um pouquinho. Mas se você pretende fazer o passeio dos gêisers del Tatio, daí deve levar jaqueta ou parka quentinha, luva e gorro - mas só pra isso mesmo.
- Os guias nunca recomendam havaianas nos passeios, e estão certos, porque não são apropriadas para as caminhadas. Mas leve as suas na mochila para, por exemplo, entrar na salgadíssima Laguna Cejar. Para o dia a dia, tênis ou botas de trekking, sempre - inclusive à noite, já que tudo por ali é terra e poeira.
- Hidratantes e balms para lábios (ou a velha e boa manteiga de cacau) não são frescuras femininas lá, não; a pele e os lábios sofrem muito com a secura e o calor atacamenhos. O legal é sempre aplicar o hidrante depois do banho e antes de dormir e aplicar o balm nos lábios várias, várias, várias vezes ao dia. Meninos também devem tomar esses cuidados, viu?

14 de nov. de 2011

Para quando você for à Cidade do México

O Bosque de Chapultepec lotadinho num domingo
É sempre muito bacana enquanto estou blogando ao vivo de um lugar - como agora, na Cidade do México - e vários followers do twitter e leitores do blog me escrevem dizendo coisas do tipo "puxa, na hora certa, porque embarco pra lá em X dias". E agora isso aconteceu muito, em grande parte impulsionado pela bela oferta do novo voo direto São Paulo-Cidade do México pela TAM (desde US$739, e quem comprou pré-lançamento pagou menos ainda) - que também foi o que me levou pra lá esses dias. 
Vale dizer que, cada vez que vou à cidade, gosto mais dela: cheia de história e cultura, mas cosmopolita, vibrante, deliciosa. Como essa foi minha terceira visita, eu não refiz vários dos passeios turísticos que toda primeira visita à cidade deveria incluir; mas vou listar tudinho aqui pra que, quando você for à Cidade do México, nada fique de fora. Sugiro cinco dias inteiros na cidade e pelo menos dois para explorar os arredores.

Para não perder na capital:
- Um dia inteiro pelo centro histórico, passando pelo Zócalo, museus do centro (o de Belas Artes é divino), Plaza Garibaldi etc
- Um dia inteiro por Chapultepec, aproveitando para passear pelos deliciosos bosques, visitar o lindíssimo Castelo de mesmo nome e passar horas no impressionante Museo de Antropologia - um dos melhores museus do mundo na minha opinião
- Um dia super relax curtindo com calma a arquitetura, as lojinhas, os bares, os restaurantes e os cafés da tríade Zona Rosa-Condesa-Roma. Há ateliers locais imperdíveis, como os de Carla Fernandez, Carmen Rion, Studio Roca e Chic by Accident
- Pelo menos uma tarde toda em Polanco, entre studios e ateliês incríveis (Macario Jimenez, Pirwi etc), lojas bacanudas (das high brands como Vuitton e Zegna às concept stores como a adorável Common People), big malls (como o Antara Polanco), top restaurantes e bares e belíssimas surpresas culturais, como o excelente Museo Soymaya, com obras de Cezanne, Renoir, Da Vinci e, claro, Diego Rivera.
- Um dia inteiro em Coyacán, entre as casas museus de Frida Kahlo e Diego Rivera e León Trotsky e os cafés, livrarias, praças e big pavilhão de artesanato local desse lindo bairro
Cantinhos fofos nos bairros-estrela, como Condesa
Nos arredores:
- Por nada, nada, nada desse mundo perca Teotihuacán, meu sitio arqueológico preferido em todo México. Impressionante, lindo, inesquecível. Passeio para um dia inteiro, já que fica a mais de uma hora de distância da capital. Se comprar um tour (o que eu recomendo muito, por questões práticas), provavelmente passará, no mesmo passeio, pela Plaza de las 3 Culturas, por área de cultivo de ágave e pela Basilica de Guadalupe, que também valem a viagem.
- Xochimilco, a região dos canais e viveiros mexicanos. Passeio lindo, para uma manhã ou tarde, percorrendo de trajinera os coloridos e musicais canais do antigo lago de mesmo nome.  Dá pra chegar por conta própria (mais demorado) ou em tours vendidos em qualquer hotel ou agência.
- Se tiver tempo, vá também a Puebla, outro passeio de meio dia vendido por qualquer agência da cidade. 
O tempo parando em Xochimilco
Dicas úteis:
- o táxi na Cidade do México é bem barato, ainda mais se compararmos com São Paulo. O único senão é que, como São Paulo, a capital mexicana é craque em congestionamentos o dia inteiro, manhã, tarde e noite; uma corrida de 50 pesos pode se transformar fácil em 200. Os táxis populares, vermelho e dourado, são os mais baratos mas os veículos são sempre velhinhos, de limpeza discutível - e, sobretudo à noite, costumam se recusar a ligar o taxímetro para turistas, dando preços fixos para as corridas dependendo do destino. Os melhores são os rádio-táxis, branco e dourado, que precisam ser chamados pelo telefone; já chegam cobrando 20 pesos (+- 3 reais), mas são super corretos com taxímetros e os carros são novos, limpos e bem cuidados. Se preferir, peça um remis no próprio hotel; são ultra confiáveis mas, obviamente, bem inflacionados.
- o metrô é velho, sujo e complicadinho - as baldeações são sempre suuuuuper demoradas, com longas áreas a serem percorridas, subidas e descidas, pra chegar à sua conexão. Mas custa meros 3 pesos por viagem (menos de R$0,50) e chega a várias áreas da cidade - é uma boa, por exemplo, pra visitar o centro histórico, onde o tempo perdido em congestionamentos costuma ser absolutamente irritante.
- no quesito segurança, não traz surpresa nenhuma pra quem vive numa grande cidade brasileira. Os cuidados mínimos que sempre temos por aqui - não ostentar objetos caros, segurar a bolsa etc - são suficientes para evitar qualquer perrengue. Andei muito a pé, inclusive sozinha e à noite (Polanco à noite, por exemplo, é super tranquila; o centro histórico já é melhor evitar), e me senti segura todo o tempo.

P.S.: Além dos posts que tô publicando agora, dessa última incursão à capital mexicana, vale lembrar que aqui no arquivo do blog tem mais das visitas anteriores; é só buscar.