15 de fev. de 2012

Cidade do Cabo: para quando você for

 Essa segunda visita à Cidade do Cabo, quando desembarquei da travessia Brasil-Africa, foi bem mais curtinha que a primeira. Mas deu tempo de rever os lugares que eu mais tinha gostado na cidade e conhecer mais dos arredores, sobretudo as vinícolas que tanto me encantam.
Se você quiser ler tudo que foi publicado aqui no Pelo Mundo sobre Cape Town, é só clicar aqui.

No mais, umas dicas rapidinhas, caso você esteja com viagem marcada para lá:

Chegando e saindo: 
O aeroporto da Cidade do Cabo é bem modernoso e estruturado. A maioria dos brasileiros chega e sai bem rapidinho, porque viaja via Joanesburgo, que é onde são feitos os processos imigratórios; mas o aerporto é também internacional. Para ir ou vir do seu hotel, você pode pegar um dos táxis locais ou contratar um transfer. No caso dos táxis, combine certinho o preço antes, pro caso dos muitos táxis sem taxímetro, ou cheque direitinho se o taxímetro está funcionando, para não ter surpresas. Pra quem perfere transfers, recomendo a Springbok Atlas, que eu utilizei tanto em 2010 quanto agora e gostei muito do serviço - foram bem prestativos tanto no serviço de van quanto no transfer privativo. No quesito espera, o Diners tem lounges ótimos tanto no terminal doméstico quanto no internacional, para quem é portador do cartão.

Trocando dinheiro:
O que não falta na cidade são casas de câmbio. Claro que no aeroporto a cotação é um pouquinho pior, mas não chega a ser nada gritante. O lugar com a maior facilidade de câmbio é o V&A Waterfront, que reúne várias delas, inclusive uma loja Amex. Mas a grande sacada - sorry pelo trocadilho :-D - continua sendo retirar dinheiro em caixa eletrônico mesmo, com seu cartão do banco ou seu cartão pré-pago de viagem, tanto faz. Mais uma vez, o melhor lugar para isso é o V&A Waterfront, que tem vários terminais ATM.

Segurança:
A Cidade do Cabo é bastante segura durante o dia e razoavelmente segura à noite nas zonas turísticas, inclusive para quem viaja sozinho. Estive sozinha nas duas visitas à cidade e em nenhum momento me senti ameaçada ou algo do gênero. Valem os mesmos conselhos que um brasileiro cansou de ouvir a vida inteira, é claro, como não caminhar sozinho por zonas muito desertas ou muito escuras, segurar a bolsa, não andar com carteira dando sopa no bolso detrás etc. A zona do Waterfront, em especial, conta com bastante policiamento e é muito tranquila - todo mundo anda com câmera na mão, por exemplo, sem stress.  À noite, na região da Long Street, o reduto mochileiro da cidade, vale tomar mais cuidado.
 Preços:
A cidade é bem, bem acessível. Apesar do grande fluxo de turistas o ano todo - principalmente agora, no verão - os preços são bem decentes para comer, passear e comprar (mochileiros costumam pirar com as refeições completas a 3 euros na Long Street :-D). A moeda sul-africana é o Rand, cujas lindas notas e moedas vêm todas estampadas com os animais nacionais. Pra quem viaja bastante pra Europa e tá acostumado com o euro, a conta é facílima: como 1 euro compra hoje 10 Rands, é só tirar uma casa do valor que tá beleza.

Transporte:
O centro da Cidade da Cabo tá perfeito para ser feito todo a pé. Os mais andarilhos podem caminhar inclusive do Waterfront pra lá, se o sol não estiver de rachar mamona.  O transporte público é bastante ruim, mas os táxis são fartos e muito baratos - só vêm com o inconveniente de ter que negociar corrida toda vez, já que a maioria não opera com taxímetro. Uma alternativa que eu adoro, e ótima pra quem viaja sozinho, é chamar um Rikki, os táxis compartilhados da cidade: você pode ligar pra eles de qualquer lugar e eles mandam o carro (sempre black cabs ingleses, pintados geralmetne de amarelo) que estiver mais próximo do seu endereço te buscar. Como a corrida é compartilhada com até mais 3 passageiros - cada um indo pra um lugar diferente, é claro - o preço fica baratíssimo, dificilmente passando dos 2 euros. Ou você já pode embarcar, é claro, num Citysightseeing Bus para conhecer as principais atrações turísticas - são 24 euros por dois dias de passeio.

Compras: 
Com os preços camaradas, Cape Town é também destino de compras queridinho dos brasileiros. Das muitas lojas internacionais dos grandes malls e do V&A Waterfront às deliciosas barraquinhas de artesanato da Green Market Square, você se depara todo o tempo com mil tentações - eu sempre vou à loucura com as máscaras e as bijoux.

Passeios pelos arredores:
Os aluguéis de veículo são bem em conta na África do Sul e as estradas, em geral, são boas e bem sinalizadas pelos arredores da Cidade do Cabo. Mas vêm com o senão da mão inglesa e, se visitar vinícolas e degustar vinhos estiver nos planos, melhor optar por um tour. Testei e aprovei a Springbokatlas (para tours em grupo) e a Wow Cape Town Tours (para tours privativos).


Onde ficar
A escolha da localização do hotel vai muito do tipo de turista. Para quem viaja com crianças, fica num hotel no V&A Waterfront é imbatível e tranquilo para passear dia e noite - e com todo tipo de opção na hora de comer. Quem quer ter independência para ir pra qualquer canto da cidade com facilidade, as imediações do centro comercial são a melhor opção (fiquei nessas redondezas nas duas visitas e gostei muito). Quem quer pegar praia e curtir a cidade num clima mais relax, Camps Bay e Sea Point são bons locais, mas demandam uso de transporte obrigatoriamente para ir a qualquer canto.

Quando ir:
A Cidade do Cabo é boa de visitar o ano todo mas, como na maioria dos destinos, primavera e outono trazem melhores preços e temperaturas mais amigáveis. O inverno na cidade pode ser bastante frio e os verões estão cada vez mais sufocantes: peguei temperaturas de 40 e 41 graus todos os dias dessa vez. No verão fica tudo lotado também e os preços bem mais inflacionados.

Quanto tempo:
Para conhecer bem Cape Town (museus, atrações e até pegar praia ou fazer um township tour) e dar pelo menos um giro de um dia pelas vinícolas dos arredores, eu recomendo cinco dias inteiros.

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