Um dia, enfadado, Cocteau resolveu pintar uma das paredes da casa para Francine. Depois, estimulado também por Matisse (que teria dito "se você decora uma parede, decora todas") e pela "competição" com Picasso, realizou o sonho de qualquer criança: ganhou aval para decorar a casa todinha com seus desenhos. E levou a cabo a missão, é claro.
A visita a Santo Sopir é genial, conduzida com maestria por um dos funcionários de Francine (agora a filha dela é quem frequenta a casa durante o ano) que está na família há 20 anos. Ele não só explica cômodo por cômodo e desenho por desenho enquanto nos apresenta a casa como conta toda a história que está por trás disso.
Afinal, Santo Sospir testemunhou váaarios casos de amor. Inclusive um triângulo amoroso de anos e anos a fio entre Francine, Cocteau e o namorado dele (o pobre do Alec, marido da Francine, mal frequentava a vila e nem aparece nos "bafões" que nos são revelados durante a visita :D ).
Conforme a gente vai avançando casa a dentro, as paredes se mostram mais e mais pintadas.
O fauno é figurinha recorrente tanto nos desenhos quanto nos maravilhosos mosaicos do jardim.
O desenho de Cocteau no hall de entrada da casa (acima) acabou virando o belo logotipo da casa, depois que ela também foi convertida em museu.
OIhaí os personagens do grande ménage da vida real ;) |
Gostamos tanto da visita que acabamos ficando ali mais tempo do que se supunha - até porque, não bastasse o interior ser genial, o jardim ainda tinha uma vista divina para o mar. Recomendo muito, muito mesmo.
A visita custa 14 euros por pessoa e reservas prévias são absolutamente obrigatórias.
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