Semana passada o Aventuramango postou uma notícia sobre um curso para quem tinha medo de voar, que custava mais de 3 mil reais. E a twittosfera chegou à conclusão de que valia mais a pena gastar esse dinheiro em passagens aéreas que no curso em si para tentar superar a fobia ;-)
Quem me conhece sabe que eu sempre tive medo de voar. E bastante. Quer dizer, não foi sempre, seeeempre, porque quando eu era criança eu adorei até experimentar turbulência enquanto minha tia quase punha os bofes pra fora numa ponte aérea malfadada. Mas, depois de adulta, entrar num avião sempre foi, de longe, o grande purgatório para chegar ao paraíso de uma bela viagem. Houve um tempo – e isso há coisa de três, quatro anos – em que eu sofria já dias antes só de saber que encararia aquele bichinho nos ares. E, na hora H, suava friozaço.
Nunca tive medo de altura, nem claustrofobia, nem nada do gênero. Mas a tensão nos voos sempre foi tão, tão grande, que simplesmente não conseguia pregar o olho um segundinho sequer. Bom, hoje eu continuo torcendo pela divina chegada do teletransporte. Sei lá, não é lá muito racional entrar numa caixa de aço que se sustenta no ar por horas e horas e horas. Mas é um medinho. Posso dizer, creio, que tenho um medo muito, muito racional. Um medo mais ou menos compatível com o que a maioria dos seres humanos sente ao embarcar e sentir aquela coisa decolando.
Mas, tirando isso, com o baita acúmulo de voos na minha vida desde 2008 (só esse ano já foram mais de 45), eu ouso dizer que tô praticamente curada :mrgreen: E quase, quaaaaaase me sinto em casa nos aviões – tenho meu esqueminha de voo (as coisinhas que levo/faço a bordo para meu próprio conforto, num nível que inclui até “roupa para voar”) tão batidinho que é difícil me tirar do sério, por mais longo que seja o dito cujo. E olha que dou até um cochiladinha em quase todos os voos – curtinha, curtinha, mas já é um grande avanço, certo? :P
A coroação foi quando eu tive que acalmar a senhora ao meu lado (lá pelos seus cinquenta e poucos) que CHORAVA e pedia pra mãe dela (lá pelos seus oitenta e poucos) “fazer aquilo tudo parar” enquanto enfrentávamos uma turbulência bem feia num voo de Punta Arenas a Puerto Montt. Eu segurei as bebidas que ela derramava em si mesma e disse aquelas palavras reconfortantes que alguém já me havia dito em algum momento (“fica tranquila”, “é normal, estamos no ar”, blablabla). E deu certo. Demorou, mas ela se acalmou e se recompôs (pra alegria da mãezinha, que não podia nem como se mexer naquele assento).
Então é simples: você tem fobia de voar? Faça como eu: o melhor remédio é terapia intensiva de enfrentamento ;-)))))))
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5 comentários:
Chiquééérrima!!!
Não sabia deste seu medinho ;-)
Eu não tenho medo (rezo quando decola e quando pousa), mas faria de bom grado os 45 vôos em 10 meses! ;-)
bjks!
hahaha mas eu trocaria fácil esses voos por 45 lindos dias em terra ;-)
Eu tenho um medinho de voar!!! Esse ano já voei 8 vezes, e vou de novo no fim do ano, mas confesso que sempre fico apreensiva. Meu medo piorou no meu vôo Paris-Rio em junho, que foi turbulento do início ao fim, tipo 10 horas saculejando pelos ares, tenso! Depois disso um certo trauma, mas eu enfrento! O fim justifica o meio!!!
É isso mesmo, Julie! O negócio é nunca deixar de viajar por causa disso ;-))))
Mari,
Só agora li o post. Legal que a notícia tenha incentivado a redação e concordo contigo: o lance é enfrentar os medos e pensar no que há de bom - os destinos.
Grande abraço,
Jodrian Freitas
@aventuramango
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