26 de nov. de 2011

Atacama: las cuevas de sal

 Uma das coisas novas que fiz nessa viagem ao Atacama foi o passeio "Cuevas de Sal", no Valle de la Luna. Da outra vez, eu tinha entrado em apenas uma cueva, e bem grande, no Valle de la Muerte, onde o guia tinha nos mostrado e explicado todo o processo de cristalinização do sal no deserto e tal.
  Mas, dessa vez, nosso guia maluquete do hotel Kunza, no meio da caminhada pelo vale, lançou a pergunta: "Alguém tem claustrofobia aqui?", emendando: "que eu quero leva-los para as cuevas".
Sempre há tempo para uma paradinha pra fotos nas subidas e nas descidas
 E lá fomos nós para a rota mais ou menos sinalizada das cavernas de sal que se formam no vale. No começo, estávamos apenas caminhando por passagens estreitas em meio aos cânions que se formam ali; logo começamos a entrar nas cuevas propriamente ditas.
Não é lindo de morrer? Mas subir e descer por aí não é tão simples assim...
 A maioria delas, bem baixinha e apertada, exigia que entrássemos e "caminhássemos" agachados o tempo todo. Eram bem escuras e só o guia tinha uma lanterna pequena, e lááááá na frente; então vira e mexe alguém gemia que tinha batido as costas, o joelho ou a cabeça.
Uma espremidinha aqui...
 Nos lugares mais apertados (não teve como fotografar nenhum deles, que tava trash, sorry), o negócio era gritar pro guia vir em nosso socorro "Migueeeel, la luuuuuuuzzzzz".
... uma agachadinha ali...
 Interessantíssimo ver de pertinho esses recortes do deserto; às vezes altos, às vezes profundos, impressionantes mesmo. Mas o mais trash fica da metade pro fim do passeio, quando a gente começa um sem fim de subidas e descidas em meio às "pedras" que se formam.
Uma fotinho antes de entrar nas trevas...

... e a alegria de ver a fresta de luz, enfim. 
Não há uma rota pré-definida, não; o guia vai na hora vendo onde "dá mais pé" e a gente segue - entre um gemido e um xingamento, é claro :-))))
Esse foi o lugar mais complicado de descer, pra mim; mas lindo de tudo
 O caminho não é fácil-fácil, não, e claustrofóbicos devem mesmo ficar de fora - tem horas que a gente não vê absolutamente nada e fica meio "preso", agachado, enquanto o grupo não se move.
Fila indiana na entrada das cavernas pra ninguém se perder
Quando as cavernas terminam, começa o sobe e desce nos cânions do vale
 Mas até os mais sedentários como eu podem enfrentar de boa, que é bem razoável. Nas horas mais trash, precisei mesmo da ajuda dos universitários; ainda mais com a câmera e o medão de bater a lente na subida ou descida.
E na descida final...
...vale fazer a fotinho da superação :-)))))))
Passeio lindo, viu?

3 comentários:

Cinthia disse...

Mari,
Realmente dá pra ir várias vezes ao Atacama sem repetir passeios...incrível!

E é perfeitamente viável para crianças: fui com minha filha de 5 anos, que adorou 'explorar' o deserto!

Estou conhecendo um novo com seus posts. Adorando!

Cinthia
@chileparacriancas.blogspot.com

Mari Campos - Pelo Mundo disse...

Cinthia, que legal você contar que foi com sua filhinha de 5 anos! Porque a gente praticamente não vê crianças por lá, né? E eu também achei que, como os passeios mais comuns são light, crianças aproveitam sem problemas.

Tiago disse...

Mari,
Essa do guia sair na frente com a lanterna e nos deixar pra trás no escuro me irritou profundamente.
Mas, ainda assim, deu para aproveitar o passeio. :-D
Tô aproveitando os seus posts para matar a saudade!
Tiago