31 de mar. de 2013

África: de volta às ilhas Maurício

 Estive em Maurício pela primeira vez em 2010, fazendo mais ou menos o mesmo roteiro que fiz esse ano (e que fazem a maioria dos brasileiros que visitam o arquipélago), incluindo também a África do Sul na mesma viagem. Já naquela viagem, há 3 anos, comentei que achava que Maurício era a África mais asiática que eu poderia imagina; hoje, continuo tendo a mesmíssima teoria.
 Voltei à ilha numa viagem à trabalho (voei para lá à convite da South African Airwayse continuo achando a influência asiática (indiana, sobretudo) óbvia nos rostos, na maneira de se vestir, no comportamento, nas músicas e, ah! e como!, na comida. Culturalmente fascinante, Maurício propagandeia suas praias e montanhas cobertas de cana, abacaxi e chá, mas acho que é mesmo pelo povo que conquista seus visitantes.
 Destino comum a europeus (principalmente franceses), Maurício ganhou o mercado de lua-de-mel de brasileiros há uns dez anos – e nomeu  voo de Joanesburgo para lá uma parcela significativa dos passageiros era composta justamente por eles.
 Maurício tem um céu espetacular, areia clarinha, uma imensa barreira de corais e água com temperatura agradável, capazes de, só por isso, fazer feliz boa parcela da população mundial. Não à toa, encantou gente do naipe de Darwin, Baudelaire, Joseph Conrad e Mark Twain, para dizer o mínimo (e continua queridinha de celebrities e da realeza britânica e belga). 
 Mas tem também destilarias de rum, plantações a perder de vista de chá, abacaxis e cana-de-açúcar, um jardim botânico riquíssimo em espécies da flora mundial, a histórias de escravidão da montanha Le Morne, a música Sega e um emocionante lago sagrado no interior do país, além de um sem fim de templos hindus lindíssimos (onde vivi esse ano uma das mais bacanas experiências de viagem da minha vida, como conto em detalhes aqui).
 Curiosamente desabitada até o começo do século XVI, Maurício recebeu diferentes colonizações - portugueses, holandeses, ingleses, franceses; a língua oficial é o inglês mas é o francês e o creole que todo mundo fala – e depois vieram inúmeros imigrantes de distintas partes do planeta; isso se reflete no melting pot cultural que vemos já no aeroporto, logo ao desembarcar.




 Hoje a hotelaria de luxo tomou conta de sua costa, como o hotel Shanti Maurice (falarei mais dele em outro post), onde fiquei, que se desdobra em apartamentos e suítes dispostos como villas, 3 restaurantes, quadras, kids club, spa caprichadíssimo, parque aquático e outras atrações por uma extensa faixa de areia - mas talvez o maior destaque do hotel seja a comida, já que o chef Willie capricha na mescla dos temperos indianos com os produtos locais, recriando pratos internacionais com esmero e autenticidade.




  Da capital Port Louis guardo lembranças do peculiar mercado (bom para comprar souvenirs e ótimo para comprar temperos locais) e da interessante confusão nas ruas em Chinatown, o perfume de Ylang-Ylang em toda parte se misturando com o cheiro do curry. 




Dos passeios pela ilha dessa vez, refiz o tour a  Pamplemousses (leve repelente, por favor!),  passeei de  lancha para ver golfinhos e fazer snorkel, visitei a destilaria de rum Chamarel e a queda d´agua homônima, encarei o walking with lions, vi a "terra das sete cores". 


Faltou mesmo só rever a impressionante cratera do vulcão Trou Aux Certs completa com água das chuvas, uma pena.  Mas foi muito, muito bom voltar. 

Um comentário:

Anônimo disse...

Na minha imaginação sempre foi o desejo de conhecer as ilhas: Maurício, Reunião e Madagascar.

Espero conseguir um dia esse viagem, suas fotos me faz suspirar e aliviar-me a espera até que eu possa viajar para estas ilhas de sonho.
Beleza!
Carmen L.