14 de nov. de 2011

Para quando você for à Cidade do México

O Bosque de Chapultepec lotadinho num domingo
É sempre muito bacana enquanto estou blogando ao vivo de um lugar - como agora, na Cidade do México - e vários followers do twitter e leitores do blog me escrevem dizendo coisas do tipo "puxa, na hora certa, porque embarco pra lá em X dias". E agora isso aconteceu muito, em grande parte impulsionado pela bela oferta do novo voo direto São Paulo-Cidade do México pela TAM (desde US$739, e quem comprou pré-lançamento pagou menos ainda) - que também foi o que me levou pra lá esses dias. 
Vale dizer que, cada vez que vou à cidade, gosto mais dela: cheia de história e cultura, mas cosmopolita, vibrante, deliciosa. Como essa foi minha terceira visita, eu não refiz vários dos passeios turísticos que toda primeira visita à cidade deveria incluir; mas vou listar tudinho aqui pra que, quando você for à Cidade do México, nada fique de fora. Sugiro cinco dias inteiros na cidade e pelo menos dois para explorar os arredores.

Para não perder na capital:
- Um dia inteiro pelo centro histórico, passando pelo Zócalo, museus do centro (o de Belas Artes é divino), Plaza Garibaldi etc
- Um dia inteiro por Chapultepec, aproveitando para passear pelos deliciosos bosques, visitar o lindíssimo Castelo de mesmo nome e passar horas no impressionante Museo de Antropologia - um dos melhores museus do mundo na minha opinião
- Um dia super relax curtindo com calma a arquitetura, as lojinhas, os bares, os restaurantes e os cafés da tríade Zona Rosa-Condesa-Roma. Há ateliers locais imperdíveis, como os de Carla Fernandez, Carmen Rion, Studio Roca e Chic by Accident
- Pelo menos uma tarde toda em Polanco, entre studios e ateliês incríveis (Macario Jimenez, Pirwi etc), lojas bacanudas (das high brands como Vuitton e Zegna às concept stores como a adorável Common People), big malls (como o Antara Polanco), top restaurantes e bares e belíssimas surpresas culturais, como o excelente Museo Soymaya, com obras de Cezanne, Renoir, Da Vinci e, claro, Diego Rivera.
- Um dia inteiro em Coyacán, entre as casas museus de Frida Kahlo e Diego Rivera e León Trotsky e os cafés, livrarias, praças e big pavilhão de artesanato local desse lindo bairro
Cantinhos fofos nos bairros-estrela, como Condesa
Nos arredores:
- Por nada, nada, nada desse mundo perca Teotihuacán, meu sitio arqueológico preferido em todo México. Impressionante, lindo, inesquecível. Passeio para um dia inteiro, já que fica a mais de uma hora de distância da capital. Se comprar um tour (o que eu recomendo muito, por questões práticas), provavelmente passará, no mesmo passeio, pela Plaza de las 3 Culturas, por área de cultivo de ágave e pela Basilica de Guadalupe, que também valem a viagem.
- Xochimilco, a região dos canais e viveiros mexicanos. Passeio lindo, para uma manhã ou tarde, percorrendo de trajinera os coloridos e musicais canais do antigo lago de mesmo nome.  Dá pra chegar por conta própria (mais demorado) ou em tours vendidos em qualquer hotel ou agência.
- Se tiver tempo, vá também a Puebla, outro passeio de meio dia vendido por qualquer agência da cidade. 
O tempo parando em Xochimilco
Dicas úteis:
- o táxi na Cidade do México é bem barato, ainda mais se compararmos com São Paulo. O único senão é que, como São Paulo, a capital mexicana é craque em congestionamentos o dia inteiro, manhã, tarde e noite; uma corrida de 50 pesos pode se transformar fácil em 200. Os táxis populares, vermelho e dourado, são os mais baratos mas os veículos são sempre velhinhos, de limpeza discutível - e, sobretudo à noite, costumam se recusar a ligar o taxímetro para turistas, dando preços fixos para as corridas dependendo do destino. Os melhores são os rádio-táxis, branco e dourado, que precisam ser chamados pelo telefone; já chegam cobrando 20 pesos (+- 3 reais), mas são super corretos com taxímetros e os carros são novos, limpos e bem cuidados. Se preferir, peça um remis no próprio hotel; são ultra confiáveis mas, obviamente, bem inflacionados.
- o metrô é velho, sujo e complicadinho - as baldeações são sempre suuuuuper demoradas, com longas áreas a serem percorridas, subidas e descidas, pra chegar à sua conexão. Mas custa meros 3 pesos por viagem (menos de R$0,50) e chega a várias áreas da cidade - é uma boa, por exemplo, pra visitar o centro histórico, onde o tempo perdido em congestionamentos costuma ser absolutamente irritante.
- no quesito segurança, não traz surpresa nenhuma pra quem vive numa grande cidade brasileira. Os cuidados mínimos que sempre temos por aqui - não ostentar objetos caros, segurar a bolsa etc - são suficientes para evitar qualquer perrengue. Andei muito a pé, inclusive sozinha e à noite (Polanco à noite, por exemplo, é super tranquila; o centro histórico já é melhor evitar), e me senti segura todo o tempo.

P.S.: Além dos posts que tô publicando agora, dessa última incursão à capital mexicana, vale lembrar que aqui no arquivo do blog tem mais das visitas anteriores; é só buscar.

6 comentários:

Rubia Pria disse...

Caramba, Mari, eu morro de vontade de ir para Ciudad del Mexico!
hahahahaha

Adorei seu post, já marquei ele nos meus favoritos e quando eu for para lá, vou te consultar.

Espero que vc esteja bem. Beijos

Mari Campos - Pelo Mundo disse...

Certeza que vc vai adorar, Rubita. Saudades de vc.

Anônimo disse...

MAri

Muito boaa sua serie !

Como esta a questão de segurança para os turistas como nos?

abraço, ernesto

Mari Campos - Pelo Mundo disse...

Ernesto, eu não me senti insegura em nenhum momento. Claro que andei com a bolsa debaixo do braço no metrô etc, mas caminhei sozinha, inclusive à noite, e não me preocupei com nada, viu? Me senti mais segura que em São Paulo.

Nathalia Queiroz disse...

Oi, Mari! Adoro o blog há tempos! Vou pra Cidade do México em julho e escolhi um hotel na Zona Rosa, fica na Av. Florencia. É um bom lugar pra se hospedar? Tranquilo e seguro?

Mari Campos - Pelo Mundo disse...

Oi, Nathalia! Não conheço essa rua especificamente, mas a Zona Rosa costuma ser um ótimo local para hospedagem, bem perto de tudo.