O bom de voltar para um lugar que a gente já conhece bem, além da tranquilidade de não ter que "bater cartão" em nenhuma atração turística, é saber que sempre descobrimos lugares novos bacanas. Ainda mais numa cidade como Londres. E foi justamente nessas andanças despreocupadas que eu entrei pela primeira vez na vida no The Connaught, um hotel cinco estrelas todo tradicional em Mayfair que me tinha sido super bem recomendado.
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Ao chegar, todo mundo recebe o "cocktail of the day" complimentary |
Além do hotel ser queridinho de celebrities que buscam anonimato e full privacy, o grande segredo ele esconde, literalmente, nos fundos: o
The Connaught Bar, que, paixão à primeira vista, já se tornou meu bar predileto em Londres :-D (e o mais bonito, na minha opinião)
O bar é pequeno mas a decoração by David Collins é incrível: inspirada no cubismo, suas paredes são todas texturizadas, com toques prateados mesclados com lilás e verde-pistache; os móveis mesclam poltronas clássicas com mesas e pufes super contemporâneos (eles mesmos definem o estilo como "ultra-stylish" :-D)
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Agostino começa a preparação do meu martini, com o carrinho bem à minha frente, com direito a luva branca e tudo ;-) |
Apareci por lá às seis, que é o horário que o bar começa a encher com quem sai do trabalho - e a hora para conseguir também uma mesinha, já que o balcão é pequenininho e só pra quem encosta em pé mesmo, sem cadeiras (pode também fazer reserva; e é recomendável se for em mais gente, porque o pessoal tem mesmo o hábito de reservar ali). Às 18h30, o bar LOTA: engravatados aos montes aparecem por lá afrouxando os colarinhos já desde a porta de entrada.
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Todo mundo dá uma olhadinha enquanto um martini é preparado |
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Preparação científica ;-) |
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Uma misturadinha... |
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... uma mescladinha teatral e... |
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...VOILÀ! Assim nasce um Cardamom Martini |
A julgar pelas pessoas com as quais conversei, a maioria ali frequenta o The Connaught pelo menos uma vez por semana depois do trabalho; o povo chamava o bartender principal (o italianíssimo Agostino Perrone) pelo nome e ele sabia exatamente o que cada um ia beber. Acho que uns 10% apenas eram turistas ou executivos em passagem pela cidade, atmosfera excelente. A música é ótima e, como o ambiente é pequeno, é simplesmente perfeito para quem vai sozinho: em dois minutos ali você já está entrosado.
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O balcão super sossegado na hora que eu cheguei, com o dia ainda claro lá fora |
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Nas mesas ao lado, martinis também |
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As luzes ficam mais intensas conforme vai escurendo lá fora |
A carta de drinks tem todos os coquetéis tradicionais mas também várias criações da casa. Mas o forte da casa mesmo são os martinis: quando você pede um, Agostino vem até sua mesa com um carrinho que virou marca registrada da casa e ali você pode "cheirar" todas as essências que podem ser acrescentadas ao drink, de gengibre a cardamomo (o grande must da casa), e foi nesse último que eu apostei. Fortíssimo, mas delicioso, é servido em taças exclusivas do The Connaught - e assistir a preparação toda meticulosa à sua frente é mesmo muito legal.
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E 19h já não dá nem mais pra ver o balcão ;-) |
Atendimento excelente, tremendo bar e a noite mais divertida dessa viagem.
2 comentários:
Olá Mari,
Adorei o post. Mas sou totalmente suspeita, pois além de concordar com você, meu filhote foi Bartender (começou como Barback) no Connaught.
Ele saia de casa vestido de "pinguin" todo trabalhado no chiquê que o lugar exige.
Amo Londres, vivo meio ano por lá e meio ano no Brasil.
Opa, que legal! Os meninos lá são mesmo todos ótimos. Adorei o filho "vestido de pinguim, todo trabalhado no chiquê" :-)))))
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